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Anvisa proíbe peeling de fenol; confira opções mais seguras

O procedimento consiste na aplicação de um composto orgânico que provoca uma inflamação na pele

27 jun 2024 - 09h00
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Pessoas fazem peeling para reduzir rugas, manchas, marcas de expressão ou cicatrizes de acne
Pessoas fazem peeling para reduzir rugas, manchas, marcas de expressão ou cicatrizes de acne
Foto: iStock / Jairo Bouer

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou no Diário Oficial da União do dia 25 uma resolução que proíbe a importação, a fabricação, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos. Isto ocorre após a morte de um homem de 27 anos que havia realizado um peeling à base desta substância.

O procedimento consiste na aplicação de um composto orgânico que provoca uma inflamação na pele e, posteriormente, a descamação da superfície. A promessa é a de redução de manchas e melhora na textura da pele. Segundo a agência, a determinação ficará vigente enquanto são conduzidas investigações sobre os potenciais danos associados ao uso desta substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos invasivos.

Redução de rugas, manchas, marcas de expressão ou cicatrizes de acne. São diversos os motivos pelos quais as pessoas procuram o procedimento de peeling facial. No entanto, algumas substâncias, como, por exemplo, o fenol, oferecem grandes riscos à saúde se não usados de maneira segura. Neste caso, por ser nefrotóxico e cardiotóxico, deve ser feito depois da realização de exames cardíacos e de sangue, dentro de um ambiente seguro e um profissional médico habilitado.

Bons resultados

É preciso lembrar que existem outras substâncias que podem trazer bons resultados e, o mais importante, de maneira segura. De acordo com Ticiana Garrido, médica da rede de clínica de estética e medicina Estúdio Mais, não é necessário realizar procedimentos tão agressivos, como o fenol, para conseguir bons resultados.

Atualmente, existe uma ampla oferta de tipos de peeling e a lista de seus benefícios é enorme: renovação das células, clareamento de manchas e cicatrizes de acne, sendo que eles podem até contribuir no tratamento de rugas e linhas de expressão. Mas Ticiana adverte que é imprescindível realizar uma avaliação prévia com um médico habilitado para que ele veja qual é o melhor tipo para cada tipo de pele e entenda a queixa da do paciente.

Peeling com segurança

Estamos no inverno, considerada a melhor época para a realização de um peeling. Isso porque a exposição ao sol é menor, evitando manchas na região do rosto, que passa por descamação após o procedimento. E a médica frisa que todo procedimento estético deve ser feito com cuidado e, muito importante: o paciente precisa seguir as instruções do profissional após realizar o tratamento.

A seguir, Ticiana comenta alguns dos peelings que são liberados no Brasil:

Azelaico: um dos mais utilizados, o ácido azelaico é ótimo para o tratamento de acne, pois possui propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, e é despigmentante, ou seja, clareia manchas. Além disso, trata-se de uma ótima opção para quem tem rosácea. Trata-se de um ácido tão seguro, que está na lista de substâncias não teratogênicas, sendo indicado até mesmo para gestantes e lactantes.

Cysteamine: é uma evolução no tratamento do melasma resistente ou com desordens de hiperpigmentação causadas pelo sol ou pós-gestacional. Segundo Ticiana, esse tratamento pode ser feito em qualquer fototipo e apresenta alta eficácia comprovada em estudos científicos. A Cysteamine é uma substância clareadora que não arde, não incha, não deixa vermelho e a descamação é superficial. O tratamento é indicado para melasma, rugas finas, olheiras, hipercromia pós-inflamação e marcas provocadas pela acne.

Jessner: segundo Ticiana, trata-se de uma solução que associa os ácidos salicílico e lático, promovendo o aumento da síntese de colágeno, além do efeito clareador e rejuvenescedor. O ácido salicílico ajuda no controle da oleosidade, além de ter ação queratolítica, afinando a pele e amenizando a aparência da acne, o ácido lático, por sua vez, ajuda na esfoliação da pele.

Retinóico: este ácido promove a remoção de camadas superficiais cutâneas, estimulando a proliferação celular e a síntese de colágeno, além de facilitar a penetração de outros agentes químicos utilizados no tratamento do fotoenvelhecimento. O ácido retinóico, explica a médica, é muito utilizado no tratamento da acne grau 1, que se apresenta como cravos inflamados, rejuvenescimento, tratamento de linhas de expressão, podendo ser associado com outros ácidos, potencializando seus resultados. Outra vantagem é que se trata de um um produto despigmentante e seguro para usar em qualquer tipo de pele.

Salicílico: aqui, a técnica consiste na retirada das camadas superficiais da pele, promovendo a renovação celular e o estimulando a produção de colágeno e de outras substâncias benéficas à sua regeneração. Segundo Ticiana, o ácido salicílico é especialmente eficaz na regulação da produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas da pele, além de tratar as lesões inflamadas da acne. Ele também é muito utilizado pela sua ação queratolítica, que propicia o afinamento da pele, aliviando cicatrizes e rugosidades.

Jairo Bouer
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