Arrotar em excesso é problema? Veja o que pode significar
O ato é um mecanismo de proteção que impede que o estômago fique muito inflado
O arroto é visto (e ouvido) como rude e grosseiro. Entretanto, segundo um artigo publicado no Harvard Health Publishing, o ato de arrotar tem um propósito essencial e não deveria ser silenciado.
Arrotar é um mecanismo de proteção que impede que o estômago fique muito inflado. Toda vez que uma pessoa engole algo, ela acaba tomando um pouco de ar que, por sua vez, viaja pelo esôfago e entra na parte superior do estômago.
Assim, quando o estômago começa a se esticar, sensores existentes nas paredes estomacais enviam sinais para o esôfago para que o pequeno anel de músculo (esfíncter) na parte inferior se abra um pouco, permitindo que o ar que acumulado no estômago escape. Pronto, é nesse momento que a pessoa arrota.
Normalmente, o cheiro que acompanha um arroto está relacionado ao que a pessoa comeu recentemente, já que o ar que o origina estava no estômago.
Arrotar em excesso é problema?
Em teoria, não existe uma definição estrita de quanto é arrotar em excesso. Entretanto, se um indivíduo está arrotando mais do que o normal e isso causa certo desconforto, o ideal é procurar a avaliação médica.
Pessoas com doença de refluxo gastroesofágico ou síndrome do intestino irritável, por exemplo, podem apresentar arroto excessivo.
Se esse não for o caso, alguns fatores podem estar provocando o aparecimento dos arrotos:
- Bebidas com gás: cerveja, refrigerante e líquidos gaseificados podem trazer ar extra para o estômago. Beber por um canudo pode agravar o problema, então a recomendação é procurar beber mais devagar;
- Comer rápido: se uma pessoa come muito rápido, desacelerar pode ajudá-la a engolir menos ar e, consequentemente, arrotar menos;
- Chicletes e balas: algumas pessoas engolem ar quando mascam chiclete ou chupam balas duras. Além disso, as marcas sem açúcar têm adoçantes artificiais que podem desencadear o excesso de gás.