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Atividade física ajuda a reduzir os sintomas após a Covid-19

Manter uma rotina de atividade física irá ajudar na redução de até 60% dos efeitos que permanecem após a infecção pela Covid-19

17 jun 2021 - 15h32
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Atividade física ajuda a reduzir os sintomas após a Covid 19
Atividade física ajuda a reduzir os sintomas após a Covid 19
Foto: Shutterstock / Sport Life

Quem fica um tempo parado já sente dificuldades na hora de voltar a rotina de exercícios. Quem sofreu com a Covid-19 então… A doença pode causar fraqueza, cansaço, falta de ar, dores articulares, entre outras consequências que prejudicam o atleta amador. No entanto, não desanime: voltar a praticar atividades físicas fará muito bem.

Pois assim você garantirá uma melhora da independência, resistência cardiorrespiratória, força muscular, equilíbrio, coordenação motora, controle das comorbidades, entre inúmeros benefícios. O único ponto de atenção é passar por uma avaliação médica antes para ver quais exercícios são os mais indicados.

Carlos Botelho, coordenador das unidades Lago Sul e Sudoeste da Bodytech Brasília conta mais detalhes. "Independente de tudo, o retorno sempre deve ser de forma gradual. Após ter superado o coronavírus, a recomendação geral da Organização Mundial da Saúde é de pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos leves a moderado por semana, além de duas sessões semanais de treinamento de força, como a musculação", explica.

Thais Yeleni, profissional de educação física, empresária e presidente do Sindicato das Academias do Distrito Federal, Sindac-DF, também fala que a atividade física é fundamental para o paciente pós-Covid. Segundo a especialista há estudos que mostram que o Coronavírus traz desdobramentos na saúde até um ano após o seu contágio. "Então, a pessoa que se mantém ativa, com uma boa alimentação, atividade física regular de média a baixa intensidade, e um bom sono, tende a diminuir em até 60% os efeitos do pós-Covid", acrescenta.

Thais reforça que o exercício também pode ajudar na prevenção ao contágio da doença. "É mais difícil o contágio para quem tem a imunidade alta, e, caso venha contrair a doença, os desdobramentos são significativamente menores. Estudos científicos comprovam que há 34% menos chances de internações em pessoas fisicamente ativas", aponta.

Cuidado com a saúde óssea

O médico ortopedista Henrique Mansur, da Clínica Pedus, explica que com a Covid muitos pacientes ficam longos períodos acamados, e, mesmo os que evoluem com as formas mais leves da doença, permanecem sem realizar atividades físicas por períodos prolongados. Assim, há uma perda de massa muscular, podendo ser mais intensa nos pacientes mais velhos e nos que fizeram uso de corticoides. "É fundamental um retorno gradual à prática esportiva, com avaliação das doenças prévias, bem como do status muscular e possíveis lesões articulares, além do acompanhamento por profissionais qualificados", pontua.

Ele aponta que uma reabilitação individualizada é fundamental para evitar lesões. Além disso, conforme o especialista, é importante a realização de alongamentos e o trabalho da musculatura, com ênfase no Core muscular, que é o grupo de músculos estabilizadores do tronco e estabilizam a coluna. O médico também reforça o cuidado que deve-se ter com as quedas de temperaturas (choque-térmico), principalmente com a chegada do inverno.

Doutor Mansur ressalta que o frio pode gerar piora das dores nas articulações com osteoartrite, e com processos inflamatórios. "Fazer atividade física regular e 'aquecer' o músculo ajuda no fortalecimento e melhora da dor", finaliza.

Sport Life
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