Calcular IMC ainda faz sentido? 4 novos métodos de avaliação física
Índice de Massa Corporal é utilizado para verificar alguns aspectos, no entanto, existem alternativas mais eficazes
Calcular o IMC, por muito tempo, foi a principal maneira de avaliar as condições físicas de uma pessoa. Saber se ela está no peso ideal, abaixo, acima ou até mesmo verificar possíveis estágios de obesidade. Para quem não sabe, esse cálculo é realizado através de uma relação entre o peso e a altura das pessoas. Alguns profissionais também costumam utilizar o sexo e a idade para analisar o resultado.
A conta é bem simples: peso / (altura x altura). Ou seja, se você é uma pessoa que quer calcular o IMC, vamos supor que seu físico tenha 1,80m de altura e pesa 80kg. A equação seria a seguinte: 80 / (1,8 x 1,8) = 24,69. Com esse número em mãos, basta verificar a tabela do IMC e descobrir qual é a sua classificação. No caso do exemplo, temos um físico dentro do limite ideal. Veja:
- Magreza - menor que 18,5;
- Normal - entre 18,5 e 24,9;
- Sobrepeso - entre 24,9 e 30;
- Obesidade - maior que 30.
O grande problema, no entanto, é que esse resultado nem sempre reflete a realidade. Vamos supor que a avaliação seja feita em uma pessoa com grande quantidade de massa muscular. O peso dela pode ser alto, mesmo que o percentual de gordura seja baixo. Dessa maneira, ao calcular o IMC, pode ser constatado um estágio de sobrepeso ou obesidade, sendo que o indivíduo é saudável.
"O peso em balança pode não mudar nada, mesmo que a pessoa diminua a porcentagem de gordura e aumente a de massa muscular. Temos equipamentos e técnicas mais eficazes para fazer a medição da composição corporal. O IMC só é usado quando não há alternativa", explica Igor Trindade Santos, professor da Smart Fit.
Para quem não quer apenas calcular o IMC, Igor também elencou outros métodos - mais confiáveis - para realizar uma avaliação física. Confira:
1) Avaliação das dobras cutâneas - "Com o uso do adipômetro (objeto em formato de pinça), são verificadas nove dobras do corpo (tríceps, bíceps, subescapular, peitoral, axilar média, supra ilíaca, abdominal, coxa e panturrilha) para medir a gordura corporal", explica.
2) Perimetria - "São feitas medições com fita métrica de alguns perímetros do corpo, como peito, cintura, abdômen, quadril, braço, coxa e perna, para fazer o acompanhamento do progresso de uma pessoa durante um período de treinamento", diz Igor.
3) Balança de bioimpedância - "É o equipamento que temos usado na rede Smart Fit. Por meio de uma balança específica, que produz correntes de energia no corpo, é possível obter dados sobre gordura, massa magra, água corporal e taxa metabólica basal", revela o educador físico.
4) Pesagem hidrostática - "Método de pesagem que serve para determinar grandezas, como volume e densidade. Também é utilizado para avaliar a composição corporal e a massa livre de gordura, por meio de cálculos específicos", aponta o profissional.
"É importante reforçar que esses exames devem ser feitos e avaliados por profissionais de educação física e nutricionistas, que vão saber avaliar os números e dar o melhor encaminhamento, de acordo com as necessidades, limitações e objetivos de cada pessoa", finaliza Igor.
Fonte: Igor Trindade Santos, professor da Smart Fit e do aplicativo Smart Fit Coach