Consumo de chocolate não causa acne e ainda protege a pele
A comilança de chocolate mal teve início, mas a preocupação com a saúde da pele pós-feriadão já começa a aparecer, especialmente entre os mais vaidosos. Mas, diferente do que a cultura popular prega, o consumo da guloseima não favorece o aparecimento de espinhas e cravos.
Matéria-prima do chocolate, o cacau é um aliado da saúde. “Ele não prejudica a pele, é nutritivo e interessante para o organismo”, afirma Denise Steiner, dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Biênio. A ação positiva é possível graças à presença dos flavonoides, poderosos antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres que causam o envelhecimento precoce.
Além disso, a gordura natural - proveniente da manteiga de cacau - atua como uma espécie de hidratante para a cútis ressecada, criando uma barreira natural que não deixa a umidade natural escapar. O chocolate também aumenta a circulação sanguínea, inclusive dos pequenos vasos que irrigam o tecido cutâneo, conferindo um aspecto mais saudável e jovem.
Em 2012, um estudo realizado pelo Instituto de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais da Universidade de Laval, no Canadá, apontou que o tipo amargo protege a cútis dos efeitos nocivos causados pelos raios ultravioleta.
Açúcar
O grande vilão da saúde da pele, na realidade, é o açúcar da guloseima. “Durante o Meeting da Academia Americana de Dermatologia, realizado este ano, estudos apresentados, mais uma vez, isentaram o chocolate como causador da acne, mas apontaram que o excesso de carboidrato pode provocar o problema”, explica Denise.
Por isso, o ideal é se deliciar com as versões sem complementos, como confeitos e recheios. Outra dica é dar preferência às versões com maior percentual de cacau, pois têm reduzida quantidade de açúcar.