Creme de R$ 285 promete queimar gordura durante o sono
O anúncio do creme divulga que 24 mulheres no Reino Unido perderam mais de 1 m de cintura em 10 dias
Parece bom demais para ser verdade, mas a indústria cosmética criou um creme que emagrece durante o sono. Chamado de Épochas, o produto é vendido como um novo "escultor de corpos" e se diz capaz de queimar gordura em lugares específicos, como cintura, parte interna das coxas e papada. As informações são do site inglês Daily Mail.
Apesar do sucesso do creme, cientistas têm acusado o produto de ser uma fraude e de os criadores estarem se aproveitando da vulnerabilidade das pessoas. O órgão que regulamenta a propaganda no Reino Unido (ASA) afirmou que não tem poder de investigar a composição do produto a não ser que receba reclamações formais. O anúncio do creme divulga que 24 mulheres do país perderam mais de um metro de cintura em 10 dias.
Um pote de creme de 75ml e um vidro de 50ml de sérum estão sendo vendidos no site da Épochas por $ 74,95 libras (cerca de R$ 285). As instruções são de que o creme deve ser aplicado pela manhã e o sérum à noite. No site, o produto é descrito como "um método gentil e não-cirúrgico de remover o acúmulo de gordura em moléculas depositadas em regiões específicas do corpo".
Feito pelo maquiador Frank Roman e seu médico Carlos, o creme é composto por elastina, chá verde e extrato de pimenta capsaicina. "Tenho trabalhado neste cosmético por 50 anos e quando descobrimos que funcionava, foi um choque", afirmou o criador.
Susan Gedge, de 57 anos, experimentou o produto mesmo depois de sua filha bioquímica dizer que não funcionaria. Ela disse ter reduzido o tamanho do manequim em dez dias. "Antes, eu tinha um rolo de gordura na barriga, mas isso sumiu. Foi incrível".
O médico Dr. Craig Namvar decidiu testar o creme em outras pessoas depois de ter perdido dois centímetros de cintura. Ele reuniu um grupo de mulheres, que usou o creme Épochas e o creme com o mesmo propósito da marca concorrente. Segundo ele, todas as pessoas que participaram da experiência com o novo creme perderam centímetros na cintura.
Apesar do produto ser registrado como cosmético, especislitas da Associação Dietética Britânica pedem a suspensão do produto e afirmam que é preciso ter ajustes na alimentação para eliminar gordura corporal.
Em 2012, a ASA pediu alterações no creme anti-celulite da marca Rodial que se descrevia como "escultor corporal", quando na verdade ele não tinha nenhum impacto sobre a forma do corpo do cliente.