Dancinhas no Tik Tok e os benefícios para o corpo e a mente
Dançarina e coreógrafa Tata Furtado detalha como dançar, mesmo pelas redes sociais, podem beneficiar a qualidade de vida e promover a saúde
Já ouviu a frase: quem dança seus males espanta? Essa famosa expressão brasileira vem sendo comprovada na prática por um grupo de pesquisa e extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No estudo, pessoas que sofrem de mal de Parkinson aliviam os sintomas da doença através da dança.
Neste momento da pandemia, contudo, a pesquisa está acontecendo de forma on-line, através de plataformas digitais, como o Facebook. Mas esse detalhe não está comprometendo em nada os benefícios da prática. Aliás, não é de hoje que mexer o esqueleto em aulas virtuais garante resultados positivos para o corpo e para a alma.
Recentemente, virou moda as famosas "dancinhas do Tik Tok", em que as pessoas se desafiam a criar e reproduzir uma coreografia em modo público. O gesto inocente e divertido pode ser extremamente benéfico, sobretudo para os mais idosos.
As vantagens de dançar
"Quando a gente dança, nossos lobos temporais, responsáveis pela organização do som, da memória, da fala e das respostas emocionais, são ativados em nosso cérebro. Através da música a gente faz a associação com o ritmo e estimula os movimentos de forma coordenada", afirma a dançarina e modelo Tata Furtado.
No projeto, a ideia é que a dança reduza as chances de agravamento das doenças que envolvem perda do controle motor, rigidez das articulações, tremores, entre outros. Já nas redes sociais, além de divertidas, as dancinhas podem estimular a interação entre as pessoas e provocar a sensação de bem-estar. "Os benefícios da dança para a mente são inúmeros. As pessoas se divertem, relaxam a musculatura, movimentam as articulações, trabalham a timidez. Além disso, no meio virtual, são inseridas em uma realidade dinâmica e interativa, que é da internet", pontua.
De fato, as redes sociais são um mundo cheio de possibilidades. Então, quem está fora dele pode comprometer uma série de fatores, como o relacionamento interpessoal e até a saúde física. Mas, se depender dos desafios da web e de disposição para transformar a sala de casa em pista de dança, corpo e mente vão seguir bailando.
Jennifer de Paula é jornalista, Esp. Nutrição clínica, Esp. Marketing digital e CEO em tecnologia e mídia social da MF Press Global, empresa internacional de comunicação e marketing.