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Estudo: exercício físico com intervalos é mais favorável às mulheres

Especialistas explicam que a técnica melhora a velocidade e a função cardiovascular

27 ago 2013 - 15h34
(atualizado às 17h37)
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<p>O treino intercalado com intervalos beneficia mais às mulheres</p>
O treino intercalado com intervalos beneficia mais às mulheres
Foto: Getty Images

Quando se trata de correr, o treino intercalado com intervalos beneficia mais às mulheres que aos homens, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pela Universidade Estadual Bowling Green, de Ohio, nos Estados Unidos.

O treino com intervalo é um tipo de exercício no qual se alternam períodos de atividade de alta e baixa intensidade com momentos de descanso. A fase de alta intensidade chega quase ao exercício anaeróbico e a fase de recuperação envolve exercícios menos intensos.

Visto que esta modalidade de exercício melhora a velocidade e a função cardiovascular, ela é adotada por esportistas e amantes do ciclismo, da corrida e do remo, porque atingem os benefícios máximos da atividade em menos tempo.

O estudo foi conduzido por Matt Laurent e Matt Kutz, da Bowling Green; Lauren Vervaecke, da Universidade da Carolina do Sul; e Matt Green, da Universidade do Norte do Alabama, e será publicado na revista "Journal of Strength and Conditioning".

Os pesquisadores aplicaram o estudo em oito homens e oito mulheres, com idades entre 19 e 30 anos, que participaram de treinos de alta intensidade com intervalos, a ritmos regulados, e usaram diferentes períodos de recuperação.

Os participantes estiveram sobre a esteira durante seis períodos de quatro minutos no nível mais alto de intensidade que sentiam que podiam manter. Os momentos de recuperação eram de um, dois ou quatro minutos.

Nos períodos, foram medidos seu consumo máximo de oxigênio e seu ritmo cardíaco. Os resultados revelaram um efeito significativo do gênero nas duas medidas.

Em todas as provas, os homens escolheram um ritmo relativo mais rápido, mas as mulheres fizeram exercício com uma porcentagem mais alta de seu ritmo cardíaco máximo e de consumo máximo de oxigênio que os homens.

"Penso que os dados mostram que parece haver diferenças significativas na forma como os homens e as mulheres regulam seus exercícios", disse Laurent. "Especificamente, no nosso caso, os homens e as mulheres tendem a exercitar-se percebendo o mesmo limite e se sentem recuperados igualmente entre cada intervalo. No entanto, quando estão na fase de correr, as mulheres tendem a exercitar-se mais que os homens no ponto de vista cardiovascular", explicou.

"Uma das recomendações que surgem de nosso estudo é que, apesar das diferenças de gênero encontradas, os indivíduos que praticam o treino de alta intensidade com intervalos devem atender e confiar em seu corpo, prestar a atenção no que sentem", concluiu Laurent.

EFE   
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