Herpes labial pode ser controlado; saiba como
Apesar de começar com uma ardência e coceirinha aparentemente inocentes, o herpes labial é uma infecção causada pelo vírus HSV1, responsável pelo aparecimento de bolhas e lesões ao redor da boca.
Esses sintomas resultam do combate que o corpo humano faz ao vírus, pois de acordo com Carla Bortoloto, dermatologista clínica e cirúrgica do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele (IPTCP), o agente causador da doença instala-se de forma oculta no organismo e fica esperando uma oportunidade para ser ativado.
"O vírus do herpes é recidivante. Por esse motivo, pode reaparecer devido a alguns fatores desencadeantes, como exposição solar em excesso, febre, trauma no local, infecções e estresse", esclarece Carla. Segundo a dermatologista, a primeira infecção herpética é normalmente mais grave e maior do que as outras. Mas se tratada adequadamente, o vírus pode não voltar a se manifestar.
Contagioso, o herpes labial é transmitido quando existe contato direto com a lesão atingida. Por isso, durante os dias em que as bolhas estiverem expostas, não é aconselhável beijar na boca, nem mesmo compartilhar copos e talheres. O período de manifestação da infecção pode variar entre sete e 15 dias. Sendo que após este período, os sintomas cessam, mas a doença não "vai embora", pois ainda não há cura. Aliás, dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que o problema atinge, hoje, em torno de 85% da população adulta brasileira.
Fuja do herpes
Como ainda não existe um tratamento capaz de eliminar o vírus do herpes do organismo humano, o melhor a fazer é tomar atitudes que não favoreçam a manifestação da doença. Assim, vale evitar o contato direto com pessoas que apresentem infecção ativa, pois o vírus é extremamente infeccioso. Além disso, tente dormir pelo menos 8h por dia, mantenha uma dieta saudável e se proteja do sol para aumentar sua imunoresistência.
Tratamento
Se as manifestações da doença acontecerem com frequência, é importante consultar um infectologista o quanto antes para avaliar as condições do sistema imunológico. "Quando há reincidência do aparecimento do herpes labial, o indicado é fazer um tratamento antiviral prolongando, a fim de fornecer resistência ao corpo e evitar o surgimento precoce de um novo quadro da doença", indica Marcelo Simão Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Para o tratamento dos casos reincidentes da doença - mais de seis episódios ao ano - é indicado que o paciente passe por um procedimento chamado "Profilaxia do herpes". Segundo Carla, esse tratamento é feito com medicação oral ou até com vacina, mas só pode ser realizado com o acompanhamento de um dermatologista. Por isso, ao primeiro sinal do indesejável herpes labial, vale procurar um especialista, assim, é mais fácil evitar que a doença retorne com maior intensidade e duração.
Agência Hélice,
Especial para o Terra