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Kim Kardashian afirma que vai comer sua placenta; saiba por quê

17 jun 2013 - 15h43
(atualizado às 15h55)
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A socialite Kim Kardashian consegue transformar qualquer simples ato da sua vida em assunto para manter-se sob os holofotes. Depois de ser criticada pelos looks que usou durante a gravidez, a socialite, que deu à luz uma menina, fruto do relacionamento com o rapper Kanye Wets, no último sábado (15), virou alvo de polêmica ao revelar que iria ingerir sua placenta após o parto. No entanto, ninguém confirmou se ela realmente fez isso.

Em 2011, a atriz January Jones ingeriu a placenta após o nascimento do seu primeiro filho, Xander. Ela fez a revelação à revista People. "Estava hesitante, mas somos os únicos mamíferos que não comem a própria placenta. Não é bruxaria nem nada! Sugiro a todas as mães!", disse. Para ser consumida, a placenta é servida como uma vitamina, numa espécie de shake. A ideia por trás do gesto seria a de repor substâncias importantes perdidas com o parto e também uma forma de afastar riscos de depressão pós-parto. A placenta contém altos níveis de ocitocina, hormônio cujos nívies caem significamente após o nascimento.

Mas, para mulheres, como Kim Kardashian, a ideia é a de rejuvenescer. A prática de beber placenta com essa finalidade é creditada também à rainha Maria Antonieta, no século 18, na França. Na Inglaterra, existe uma empresa dedicada a divulgar a prática e que ajuda as mães a ingerir a placenta, além de produzir cápsulas com placenta em pó para o consumo no pós-parto.

Segundo a IPEN Placenta Network, entre os benefícios estão o aumento do suprimento do leite materno, redução das chances de hemorragia, e o fornecimento de ferro, minerais e hormônios, como a ocitocina. "Como acontece com a maioiria das espécies de mamíferos, acreditamos que a placenta humana foi feita para ser consumida para repor gorduras, proteinas, grandes quantidades de ferro e hormônios essenciais e ajuda o corpo a se recuperar após o parto", diz o site da empresa.

A placenta de animais e humana tem sido usada como objeto de estudo em diversas áreas e também aparecem como ingredientes de produtos, desde remédios até produtos de beleza. Na Suíça, placentas doadas fora usadas para tratar doenças degenerativas e, segundo resultados do estudo de 2005 conduzido pelo Hospital Brunnen, tecidos foram estimulados a crescer e velhos ou comprometidos foram recuperados. Na comparação com remédios convencionais, cujo efeito tem duração limitada, a placenta estimularia o corpo a se recuperar.

Defensores da prática apontam para um renascimento do hábito de comer a placenta, já que há registros da ingestão do órgão na Europa até o século 19, quando teria caído em desuso. Além da ingestão, tratamentos cosméticos com o uso de placentas de animais têm aparecido, muitas vezes associados ao nome de alguma personalidade. Victoria Beckham faria aplicação de placenta de ovelha no rosto, a fim de manter-se jovem, e casa sessão custaria cerca de 320 libras, mais de R$ 900.

"Não tem nenhum trabalho cientifico que comprove a sua eficácia. O que se observa é a melhora da pele com o uso de cremes com placenta. Melhora o viço", afirma a médica Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para quem torceu o nariz, benefícios semelhantes podem ser obtidos com substâncias de origem vegetal. "Produtos feitos com células-tronco de vegetais como rosas, orquídeas e macieiras são capazes de estimular fibroblastos, e conseqüentemente, produzir mais colágeno e elastina na pele, melhorando o viço e firmeza. No caso da placenta, a ideia é a mesma, estimulação do colágeno", completa.

Já, segundo a especialista, a ingestão de placenta não tem nenhuma comprovação para o rejuvenescimento. Mas não apenas produtos caríssimos que levam placenta entre os ingredientes. Produtos como xampus e condicionadores trazem placenta de vaca ou ovelha nas fórmulas e a promessa é a de deixar os fios brilhantes e revitalizados. Nas farmácias americanas, é possível comprar itens da marca La Bella, por US$ 2,99, cerca de R$ 6. O leave-in da marca Hask promete tratar os fios e também o couro cabeludo. Custa cerca de US$ 5, ou R$ 10.

A jornalista americana Erica Cheung contou ao site The Huffington Post que sua mãe costumava hidratar seus cabelos com placenta na infância. "Com toda honestidade, o cheiro era muito bom e parecia óleo vegetal", descreveu.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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