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Meditação guiada para dormir? Veja dicas de higiene do sono

Dormir bem não tem apenas relação direta com estar descansado, ajuda memória, concentração e tem ligação íntima com o bem-estar

8 mai 2023 - 05h00
(atualizado em 15/5/2023 às 08h15)
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Aos poucos bem-estar físico e mental tem quebrado barreiras e se tornado assunto do dia a dia para a população, e nesse cenário, apesar de preconceitos ainda permanecerem, a meditação também deixou de ser vista como uma atividade exclusivamente para grupos com um estilo de vida considerado tranquilo e segue em alta entre decididos a transformar a própria rotina em uma jornada mais equilibrada apostando, por exemplo, na prática Mindfulness (Atenção Plena). Mas e durante a noite, vale a pena testar o meditar como uma ferramenta para dormir melhor? 

Dormir bem é fundamental para as funções cognitivas
Dormir bem é fundamental para as funções cognitivas
Foto: Nimito / Adobe Stock

A diferença entre meditação guiada e meditação livre

Antes é preciso ressaltar que existem diversas dinâmicas, como a versão guiada ou não. As duas têm como objetivo levar praticante a um estado de reflexão em uma atividade que pode contribuir para redução do estresse e controle da ansiedade, dois vilões das noites de sono.  

Enquanto na primeira opção meditadores são guiados por um instrutor responsável por dar orientações sobre cada passo a ser executado, na meditação não guiada, às vezes chamada de livre, cabe a eles os caminhos meditativos, isto é, a abordagem passa a depender especificamente de quem está praticando, pois não há um guia. 

Para quem a meditação guiada é mais indicada? 

Ela é ideal para quem ainda não tem tanta familiaridade com o meditar, diferentemente da modalidade livre que, por sua profundidade potencial de personalização, requer um preparo maior e por isso é indicada para intermediários e avançados, aqueles que já conhecem fundamentos e estão mais prontos a lidar com distrações ou dificuldades pelo caminho. 

O ponto interessante é que todos podem testar e começar pela modalidade guiada, adaptando-se a uma nova rotina de bem-estar

Meditação guiada antes de dormir: por que apostar 

Dados ruins de estudos recentes contrapõem – e de certo modo contextualizam – a realidade brasileira de uma sociedade mais atenta, mas que ainda precisa avançar na área do bem-estar: números de casos de síndrome do esgotamento (Burnout) nos últimos anos, índices de ansiedade e estresse e até mesmo a baixa qualidade do sono, sobretudo entre as mulheres, as mais atingidas por problemas do tipo. 

Meditar é, também, uma forma de treinar o cérebro e trabalhar a concentração, fator que tende a fazer diferença não somente para quem costuma enfrentar instantes de ansiedade, mas entre os que precisam lidar com uma enxurrada de pensamentos logo na hora de dormir

Ao escolher uma meditação guiada, praticante não precisará se preocupar sobre por onde começar ou para onde levar os pensamentos, será orientado e poderá focar mais em outros aspectos da experiência, com o relaxamento dos músculos.

Há estudos que sugerem: pessoas que meditam com mais frequência tendem a observar melhores resultados com relação à prática, que pode contribuir no relaxar com a redução de cortisol e adrenalina, substâncias capazes de prejudicar o sono. 

Hormônios importantes são liberados durante o descanso essencial e e fazem toda a diferença para o bem-estar geral, como a serotonina. Com muitas funções, esse neurotransmissor também colabora para regular apetite, humor e ansiedade.  

Higiene do sono: 4 dicas para um bom descanso 

  • Evite treinar ou praticar esportes muito tarde: fazer esportes é excelente para o corpo e para a mente, contudo é preciso ter cuidado, pois ao realizar atividades do tipo substâncias naturais são liberadas no organismo, como a adrenalina. Pode ser mais difícil adormecer com o corpo e mente nesse modo mais “ativo”, incluindo uma frequência cardíaca mais elevada em razão da prática. A dica é não se exercitar tão próximo do horário de dormir, mas se isso acontecer, tente criar um ambiente propício à calma
  • Cuidado com a alimentação: estimulantes como a cafeína podem atrapalhar o sono ou a qualidade dele uma vez que contribuem para esse “estado de alerta”, evitando o relaxamento essencial para o adormecer, fase inicial do sono. 
  • Fique de olho no ciclo circadiano: ele é um processo biológico natural e regula o ritmo das atividades do organismo ao longo do dia, como a fome, e tem alta conexão com a luminosidade. Ou seja, ao trocar o dia pela noite, o relógio biológico é impactado já que, com o avançar da noite para o dia, o cortisol, substância natural que ajuda no despertar, aumenta e a melatonina, substância natural que ajuda o sono e tem seu pico à noite, diminui.  
  • O inimigo ao lado: muita gente gosta de conferir as redes sociais para fechar o dia, contudo a luz do celular, que costuma acompanhar o dia a dia de todos, pode ser uma vilã e prejudicar o seu merecido descanso. Se a luminosidade tende a estimular produção de cortisol, aqui não é diferente, e ele pode inibir a melatonina responsável por regular o sono. Fique de olho no seu bem-estar e tente evitar usar o celular bem na hora de dormir, assim como luzes ambiente ou da tevê. 

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