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Ares étnicos concorrem com moda praia na passarela do SPFW

14 abr 2015 - 22h32
(atualizado às 22h32)
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Esta terça-feira, o segundo dia do São Paulo Fashion Week, que comemora nesta edição 20 anos, esteve lotada de coleções inspiradas nos povos étnicos e nos trabalhos artesanais, e da moda praia que viajou até as raízes do nordeste do Brasil para buscar inspiração em seus artesãos.

A noite de desfiles começou com a fabulosa coleção da estilista Paula Raia, que, para o verão 2016, apostou no "slow fashion", um conceito que utilizou para proclamar a necessidade de tempo no processo de criação e elaboração das peças.

Com uma passarela monocromática apresentada nos salões de sua casa, os tons de cru conquistaram a coleção, que evocava a espuma do mar, o fundo do oceano e as ferramentas dos pescadores, como redes e cabos de navio.

Com grande domínio da técnica e vanguardista no conceito, Paula Raia apresentou uma coleção muito feminina, que combinava magistralmente os tecidos transparentes de musseline e finos algodões com trabalhos de teares manuais e bordados volumosos, todos eles arrematados com cordas e redes de pescar.

A Osklen, como sempre, não decepcionou o público, desta vez com um desfile inspirado no povo indígena Ashaninka, da floresta amazônica.

A paleta de cores, cru, preto e vermelho, característica desta etnia, esteve presente em calças, acompanhadas de semitúnicas muito estruturadas, elaboradas em palha de seda e seda rústica.

Formas simples, retas e soltas delineavam as peças de tecidos leves, como a organza.

A tarde começou com a Ellus, que introduziu peças jeans com um novo processo de lavagem, a cor Dry Dust. Estiveram combinadas com roupas inspiradas na cultura do Marrocos e a tapeçaria local, como as estampas de seda, as bolsas e a bijuteria produzidas pelos artesãos do país africano.

A modelo Isabeli Fontana abriu o desfile da Água de Coco, uma das marcas de moda praia com presença internacional que comemora 30 anos homenageando aos artesãos e aos bordados do Ceará, onde nasceu a marca.

A passarela combinou de forma sofisticada a lycra com aplicações de delicados trabalhos à mão.

Os deslumbrantes corpos das modelos Caroline Ribeiro e Aline Weber potencializaram a elegância em trajes de banho e sandálias de praia, peças preciosas e de beleza única, feitas "por mãos que fazem história", comentou a estilista Liana Thomaz à Agência Efe.

Lilly Sarti levou até a passarela a essência dos anos 70 com ares orientais, em calças flare e tecidos como camurça, chiffon e jeans.

A Sacada, fiel à imagem de mulher elegante e prática, apostou na mistura de materiais como piquet e seda, em estilismos de estética futurista e formas retrô em vestidos e tops.

A marca Triya desfilará pela primeira vez na passarela paulista com uma coleção de moda praia inspirada na história de amor platônico entre uma sereia e um surfista.

A coleção de 11 estampas exclusivas buscará combinar o estilo sóbrio e esportivo da roupa de surfe com a delicadeza do fundo do mar, representado em redes, sedas, bordados e macramês.

add/cd

EFE   
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