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Casamento: estilista aponta tendências em vestidos de noivas

Em entrevista exclusiva ao Terra, Luciana Collet falou sobre as preferências das noivas e o dia a dia no ateliê

12 mai 2014 - 16h30
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Além da renda, estilista apresenta outros tecidos às clientes
Além da renda, estilista apresenta outros tecidos às clientes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Há algumas estações, a renda tem sido sinônimo de vestido de noiva. Bordada, com brilho, aberta, com forro ou transparente, os desenhos rendados ganharam definitivamente a preferência das mulheres para o dia do casamento. “A renda veio para ficar e vai demorar para as noivas enjoarem dela”, disse a estilista Luciana Collet, durante conversa exclusiva ao Terra, sobre as tendências da moda para este mercado. Ela era uma das expositoras da feira especializada Casar 2014, realizada em um shopping de luxo de São Paulo.

No entanto, para abrir o leque de opções das noivas, a estilista tem trabalhado com outros tecidos. “A seda, por exemplo, mostra que não só a renda é clássico”, explicou. O tule também está em alta, principalmente nas saias, que ganham um volume elegante com ele. Por isso, ficar de olho nestas tendências é uma maneira de dar um ar mais fresh aos vestidos, mesmo para a maioria das noivas que ainda segue as linhas clássica e romântica.

Outro modelo queridinho das mulheres no dia do casamento é o tomara que caia. “O tomara que caia não sai nunca de moda, mas não funciona para todo mundo”, explica Luciana. Assim, vale dar uma chance aos modelos que deixam somente os ombros de fora e, principalmente, aqueles com mangas longas de tule transparente.

Vestidos sob medida

Ter um vestido feito sob medida e que pode ser levado para casa depois é um sonho, mas não para qualquer pessoa. Como quase todos os ateliês que fazem roupas sob encomenda, Luciana trabalha com um seleto público que paga a partir de R$ 12 mil para ter o vestido ideal e ainda poder guardá-lo para sempre. Entre as madrinhas, uma peça não custa menos que R$ 4 mil. Neste mercado, os aluguéis não são nada comuns. “O vestido mais caro que fiz custou R$ 30 mil, era feito de 15 metros de renda”, contou. E é qualquer material: a renda é francesa, o tule é suíço, a seda vem da Itália e há ainda bordados que desembarcam da Índia. Tudo é cuidadosamente escolhido.

O serviço personalizado começa com conversas intimistas com a noiva para conhecer um pouco de sua personalidade, preferências, hábitos e assim entender o que ela quer vestir em um dia tão especial. “Pedimos um prazo de seis a oito meses e fazemos, em média, cinco provas de roupa”, explicou. Mas tudo tem suas exceções e o recorde de Luciana, que estudou moda em Nova York, foi fazer um vestido de noiva em apenas 45 dias.

Salvo estas exceções, uma regra que não se muda jamais nestes ateliês é o trabalho minucioso, detalhista e que beira a perfeição das costureiras e bordadeiras. Mas achar quem os faz com este capricho é difícil, por isso a maior parte da mão de obra é realizada por profissionais para lá de experientes. “É muito difícil achar quem faz isso bem. As que trabalham comigo são senhoras de 60 e 70 anos e elas são raras”, disse Luciana.

A estilista Bibi Barcellos concorda que o mercado é disputado, por isso, escolhe a dedo os profissinais e os molda de acordo com suas necessidades. "Fiz muitos cursos de modelagem e costura, então me sinto segura para treinar meus funcionários", comentou.

Fonte: Terra
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