Cavalera volta a desfilar após 4 anos com Mônica, Cebolinha e bexigas
Após 4 anos longe das passarelas, marca mostrou mistura o streetwear, o jeans e a alfaiataria, com roupas e acessórios feitos com bexigas.
A Cavalera voltou a fazer um desfile como sempre soube fazer. Após quatro anos longe das passarelas, Alberto Hiar, que criou a marca em 1995, com Igor Cavalera, levou à Praça das Artes, no Centro Histórico de São Paulo, uma coleção de inverno que mistura o streetwear, o jeans e a alfaiataria, com roupas e acessórios feitos com bexigas. E também levou a Turma da Mônica a um mergulho com a cultura pop. Na primeira fila, Luisa Sonza, Urias, entre outros, prestigiaram o desfile.
Em parceira com a Mauricio de Sousa Produções, a marca trabalhou estampas com Mônica, Cebolinha, Magali e Sansão. Aliás, Mônica e Cebolinha cruzaram a passarela antes do desfile para se sentar na primeira fila, ao lado de Mauro Sousa, filho de Maurício.
Sansão todo feito de balões também cruzou a passarela, ao lado de modelo com vestido vermelho também de bexigas, numa referência ao look monocromático da Mônica.
Alberto Hiar conversou com o "Elas no Tapete Vermelho", antes da apresentaçã e disse que a ausência de quatro anos dos desfiles se deu por conta da Covid e por todos os problemas que o Brasil enfrentou. "A gente está muito feliz de lançar essa coleção, que para nós é "Desejo" (palavra que batiza a coleção). Desejo de voltar para a passarela e desejo de voltar a fazer o que a gente quer, que é mostrar um novo streetwear, a essência da Cavalera. E agora a gente está mostrando, por exemplo, peças de moletom com cobertura de látex. Temos outras peças feitas de bexiga e alfaiataria desconstruída".
Alberto convidou o designer Diego Gama para esses experimentos têxteis, criando peças tramadas artesanalmente com bexiga, couro, além de sobrepor ao jeans e ao
moletom, o silicone, conferindo uma textura única.
Na passarela, o efeito dos balões, que se transformam em bolsas, brincos, cintos, coletes e até guarda-chuva, conversava diretamente com esse streetwear feito com modelagem ora mais ampla, ora mais justa, e com os desenhos da Turma da Mônica, que enfeitavam até meias-calças.
A coleção foi criada em parceria com o designer de moda Victor Miranda, que tambpem levou para a passarela camisas com golas deslocadas, mistura de tecidos opacos e brilhos, jaquetas e casacos de náilon acolchoados, cujos volumes amplos dialogavam também com as peças feitas com arte inflável.
Essa mistura de elementos levou ao que Alberto Hiar chama de surrealismo pop, fazendo até a águia bicéfala da logomarca ocupar (muito) mais espaço, tanto porque foram feitas com balões e desfiladas como costeiros, quanto aplicados nos jeans e em também em meias-calças.
Visibilidade
A Cavalera abriu espaço no desfile para a apresentação das marcas Riddim Clothing, de Mônica Barboza, e Dellum, de Brum Dellum. Alberto Hiar conheceu os dois estilistas no Projeto Periferia Inventando Moda, que visa dar visibilidade a criadores da periferia e mostrar que a moda pode ir muito além da roupa.
O ex-BBB Gabriel Santana abriu o desfile da Dellum, com look todo preto e com direito a cartola. A produção ganhava volume no dorso com o trabalho de fitas. Correntes e transparências deixavam pele à mostra em outros looks desfilados.
A Riddim Clothing trabalhou com tramas, aplicações e mistura de cores para apresentação da coleção com looks curtos, calças compridas, shorts, jaquetas e sapatos coloridos.
Famosos
Luisa Sonza prestigiou o desfile com vestido estilo slip dress na cor índigo, enfeitado com renda preta.
A cantora Urias apostu em look de cristal transparente para assistir a volta da Cavalera às passarelas.
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