Com Dior, D&G, Fendi e Valentino, alta costura retorna a Roma
Desfiles de grifes e exposições começam a partir de março
A partir da primavera no hemisfério Norte, em março, a cidade de Roma voltará a ser o palco espetacular da alta costura, graças aos desfiles, exposições e eventos de grifes de luxo, como Valentino Garavani, Dior, Fendi e Dolce & Gabbana.
Entre as primeiras iniciativas está a exposição de moda e arte de Valentino, que será realizada pela primeira vez na nova sede da Fundação Valentino Garavani e Giancarlo Giammetti, na Piazza Mignanelli, mil metros quadrados ao lado da sede histórica da maison fundada pelo mestre de Voghera.
E o fato de Valentino ter escolhido Roma e não Paris para sediar seu precioso arquivo é um grande sinal para a capital, que nas últimas duas décadas parecia ter perdido sua vocação natural: a de palco espetacular para desfiles de alta costura, para grandes exposições e eventos de moda de prestígio.
Com algumas exceções, como o desfile Valentino Haute Couture Outono/Inverno 2022-23 que o então diretor criativo da maison Pierpaolo Piccioli quis apresentar na Escadaria Trinità dei Monti, na Piazza di Spagna, com 100 modelos e uma passarela de 600 metros que começou na Academia da França e chegou à Piazza Mignanelli, sede da histórica casa de moda. Ou o desfile Gucci Cruise de 2020, criado pelo então diretor criativo Alessandro Michele (hoje chefe da Valentino) nos Museus Capitolinos, entre bustos de mármore e antiguidades.
Retornando aos eventos, no dia 27 de maio, a coleção Cruise 2025, da Dior, dirigida por Maria Grazia Chiuri, será apresentada em Roma. O local ainda será indicado.
Já em julho será a vez da Dolce & Gabbana: três dias de desfiles, exposições e eventos para a alta costura e a alta joalheria dos dois estilistas. É preciso ressaltar, porém, que a D&G escolheu expor em Roma pela primeira vez em seus 40 anos de carreira.
Por fim, chegará a Fendi. O desfile nas águas da Fontana di Trevi, na capital italiana, há dez anos foi memorável, graças a uma passarela transparente, e tornou-se um dos mais espetaculares da história da moda, com o qual a grife romana comemorou seu 90º aniversário.
Inclusive, a fonte foi completamente reformada graças ao compromisso financeiro da marca Grupo Vuitton. Mas o que a Fendi preparou desta vez? Ainda não se sabe, apesar de haver um sinal.
Em junho passado, durante a Semana de Moda Masculina de Milão, Silvia Venturini Fendi, diretora criativa das linhas masculina e acessórios, levou às passarelas uma coleção que escondia nas dobras das roupas suas memórias pessoais entrelaçadas com as da grife.
A estilista dirige a linha masculina e de acessórios desde os anos 1990, enquanto Kim Jones assumiu o lugar de Karl Lagerfeld em 2020 e está responsável pelas coleções femininas desde então.
Lagerfeld reinou na galáxia Fendi por mais de 50 anos com o apoio de suas cinco irmãs - Paola, Franca, Carla, Alda e Anna -, a segunda geração da marca e filhas dos fundadores.
A expectativa é grande tendo em vista que só o arquivo Fendi, além de conter 10 mil peças de vestuário e 100 mil documentos e fotografias históricas, também conserva 35 mil esboços originais do próprio Lagerfeld, que foi um grande designer e também um fotógrafo excepcional. .