Diretor da Ford Models Brasil revela o que difere modelos de tops
Após passarem por uma "peneira" que avaliou cerca de 15 mil jovens, 27 finalistas - 19 garotas e 8 garotos - disputaram na noite desse sábado, em São Paulo, a final do concurso Faces, evento que busca revelar novos modelos, entre candidatos com idades entre 14 e 25 anos. Mas embora a beleza seja, sim, fundamental - afinal, o mercado da moda gira em torno do que é belo -, os "olheiros" responsáveis pela seleção de candidatos em várias parte do País passaram os últimos meses em busca daquele "algo a mais", do detalhe que difere uma modelo comum de uma top model.
Dupla do Paraná vence concurso que revela novos modelos
Por concurso, modelos novatos enfrentam tesoura e mudam visual
"Procuramos rostos novos, diferenciados, e o Brasil proporciona uma miscigenação de raças e tipos diferentes de beleza. Não queremos ninguém igual a ninguém, mas o desafio é encontrar aquele 'Q' a mais capaz de conquistar o mercado", disse Marco Aurélio Casal de Rey, diretor da Ford Models no Brasil, responsável pelo concurso, realizado em parceria com a Pernambucanas.
É difícil definir o que é esse "Q". Segundo Rey, trata-se de uma mistura de características descoberta quase intuitivamente pelos profissionais. Por isso, neste concurso, qualidades como saber andar sobre um salto ou dominar o famoso "carão" para fotos não contam tanto. "Isso tudo a gente consegue ensinar depois. O papel do 'booker' (olheiro) é saber sacar a força da pessoa. E isso é natural, não se ensina. É algo que a gente percebe até quando observa os candidatos no camarim, como eles se portam, como falam. (Os modelos novatos) São como pedras preciosas a serem lapidadas, e o nosso trabalho é mostrar que eles não precisam ser iguais a ninguém para terem sucesso, pelo contrário", explicou.
Mas quem já possui esses dotes de beleza e o "Q" a mais não se pode dar por satisfeito. Segundo o diretor da Ford Models, outro fator que o setor valoriza nos modelos é o interesse na profissão. E isso não significa apenas querer ser modelo, mas estudar o cliente que irá atender, pesquisar sobre o fotógrafo com quem irá trabalhar, enfim, conhecer e entender a história da moda. "Eu sempre falo para os nossos modelos: saia meia hora do Facebook e vá pesquisar, vá estudar. É um mito essa história de que o modelo tem que parar de estudar, de se informar", aconselhou o diretor da agência.