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Eva Chen, chefe de moda do Instagram, dá dicas para otimizar a rede social

Norte-americana veio ao Brasil para palestra com Camila Coutinho e Helena Bordon

24 out 2018 - 16h29
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Helena Bordon, Eva Chen e Camila Coutinho
Helena Bordon, Eva Chen e Camila Coutinho
Foto: Nicolas Caligaro/Iguatemi Talks/Divulgação / Estadão

Talvez você nunca tenha ouvido falar em Eva Chen, mas já deve usado de algum fruto de seu trabalho, como filtro da Kylie Jenner no Stories do Instagram ou a ferramenta de compras diretas da rede social. Eva é a líder de moda e diretoria de parceria com marcas, cuidando de estratégias e storytelling da plataforma.

Em uma palestra no Iguatemi Talks, evento do shopping JK Iguatemi que reúne experts do mercado para palestras e workshops, ela, ao lado das blogueiras brasileiras Camila Coutinho (2,3 milhões de seguidores) e Helena Bordon (1 milhão), falou para uma plateia de 600 pessoas sobre a relação da moda com a rede social.

"O Instagram tem o poder de unir a comunidade e manter a conversa em tempo real", explica. "Ele levantou as cortinas da moda ao mostrar os bastidores, essa é a mágica do negócio."

Eva também aproveitou para explicar o tão temido algoritmo ("as pessoas estavam perdendo 70% do conteúdo que estavam mais interessadas. Agora, o Instagram mostra as contas com que você mais interage") e deu dicas preciosas para quem quer otimizar a rede ou trabalhar com ela. Confira:

Vida real

"As pessoas buscam entretenimento e conexão no Instagram', conta, explicando que Victoria Beckham é a terceira marca mais seguida do mundo (atrás somente da Chanel e da Louis Vuitton), porque mistura o conteúdo da grife com a vida da estilista. "Há dez anos, não tínhamos acesso a vida das pessoas", complementa Camila. "Agora, o mundo todo tem acesso a uma parte pequena e editada da rotina dos outros." Helena Bordon ainda dá a dica de postar fotos tiradas do celular, sem muita produção.

Vulnerabilidade

Segundo Eva, é importante mostrar que não existe vida perfeita. "Eu tenho um filho de dois anos, o Tao, e até completar um ano, ele não dormia mais do que duas horas seguidas. Um dia, postei no Stories que precisava ajuda e estava a beira de um ataque de nervos. Mães me enviaram mensagem me dando forças e dicas para lidar com isso", lembra ela. "É preciso coragem para demonstrar vulnerabilidade." Para Camila, as pessoas se sentem mais conectadas quando ela se mostra vulnerável nas redes.

Exclusividade

"Produzir um conteúdo exclusivo para o Instagram é legal", explica Eva. "Você tem que dar às pessoas um motivo para te seguirem e isso é ter algo que elas não veem em nenhum outro lugar." Ela cita o exemplo da Dior que, além de campanhas e desfiles, que são divulgados mundialmente, eles também publicam bastidores do ateliê e das criações das peças.

Números de seguidores e o feed não importam

Para Eva, é desperdício de tempo ficar obcecado com o feed do Instagram, já que 99% do engajamento vem da timeline, da aba de explorar e do stories. "Também não é sobre followers", continua. "É melhor ter um público menor e mais engajado, que assim o crescimento é espontâneo." "Fazer perguntas é um bom jeito de interagir e ganhar visibilidade", complementa Helena.

Estadão
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