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Espaço Fashion dramatiza em excesso, mas vende

14 jan 2011 - 22h31
(atualizado em 15/1/2011 às 00h18)
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Ale Ougata
Direto do Rio de Janeiro

A Espaço Fashion começou às 21h35 na sala 01 do Píer Mauá, nesta sexta-feira (14) com ares de dramatização. Na passarela um "palco" vermelho iluminado por luzes vermelhas servia apenas de passagem ou ponto de encontro entre uma modelo e outra. Ao invés da iluminação frontal que nivela a passarela, a Espaço Fashion optou por quatro spots de luz que se revezavam e acompanhavam cada modelo que desfilava.

Era provável que a direção de cena, digo, de passarela quisesse criar uma sincronia, como no teatro em que se a "barca" deve estar equilibrada e portanto, o lado esquerdo e o direito ou a frente e o fundo devem trabalhar em espelho. Não deu certo, mas foi por pouco, não foi este o motivo que prejudicou a coleção.

A confusão da marca foi o excesso de desconstruções em pontas duplas, golas altas, amarrações. Proporções fora dos padrões que se não funcionam nas modelos, quem dirá nas consumidoras. Porque a Espaço Fashion vende e muito.

A propósito, grande parte de seus convidados é formado por mulheres que fotografam todos os looks que são apresentados e no fim deixam a sala dizendo, "já gostei e vou comprar". Até que faz sentido, já que o tema do outono-inverno 2011 da marca é "Afeto" e os conceitos de memória e registro, aquilo que fixa sabe-se lá como. Pois, a analogia pode ser transferida para o campo dos negócios, "as roupas vendem, sabe-se lá como".

Dez minutos transcorridos da apresentação, os spots de luzes são desligados e a simples iluminação utilizada na maioria dos desfiles ascende. Daí, podemos entender a importância de se pensar no desfilo como um show completo: roupas, trilha e luz.

Espaço Fashion apresenta sua coleção para o Inverno 2011:
Fonte: Redação Terra
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