Sou(l) Black Power com orgulho. Este pode ser considerado o lema da Totem, terceira a desfilar na quinta-feira (13) durante o Fashion Rio. Atentem, que isto não significa que um branco não possa ser negro, não é este o ponto.
Na negritude da Totem, branco se veste de negro, como um modelo louro em look preto brilhante. Aliás, preto, branco e dourado se misturaram na passarela da marca.
A inspiração proveio da libertação da estética negra, no pós-período em que a imposição da moda "branca" cedeu espaço aos maravilhosos cabelos blacks e toda força e sensualidade da "cor" que reúne todas as cores.
Swing nas mangas de blusas e vestidos, versões para o tomara-que-caia, cintura alta com tops curtos, hot pants e mini jumpers, além de graciosas boinas de crochê com palha. As sandálias, em especial as masculinas foram destaques (embora a certa estranheza é causada sandálias de abertas em pleno inverno).
A passarela foi desenhada com losangos em preto e branco, e para avivar um imenso painel dourado serviu de cenografia assinado por Wan Vieira.A influência do grupo Jackson Five, apareceu nas estampas dos vestidos e camisetas e no estilo cowboy.
Ponto alto do desfile foi a trilha sonora sob a responsabilidade de Fred D'orey, considerado um dos DNAs da marca. Outro 'salve' foi para a direção de Wan Vieira que colocou os modelos para balançar os ombros em um gingado delicioso.
Enquanto no mundo real ainda haja diferença entre negros e brancos, durante os oito minutos de desfile da Totem eles convivem harmoniosamente. Um dia se chega lá.