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Galliano diz que insultos antissemitas foram os piores que já disse

5 jun 2013 - 14h13
(atualizado às 16h43)
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Estilista britânico John Galliano no final do desfile da semana de moda de Paris coleção primavera/verão 2011 para a casa francesa Dior, em outubro de 2010. Galliano está preparando seu retorno para a indústria de moda com uma residência temporária no estúdio de Oscar de la Renta, em Nova York. 01/10/2010
Estilista britânico John Galliano no final do desfile da semana de moda de Paris coleção primavera/verão 2011 para a casa francesa Dior, em outubro de 2010. Galliano está preparando seu retorno para a indústria de moda com uma residência temporária no estúdio de Oscar de la Renta, em Nova York. 01/10/2010
Foto: Benoit Tessier / Reuters

Na primeira entrevista que concedeu após ter caído em desgraça há dois anos por comentários antissemitas, o estilista John Galliano disse à revista Vanity Fair que insultos proferidos por ele na ocasião foram os piores de sua vida.

"É a pior coisa que disse em toda minha vida, mas eu não quis dizer isso... Estive tentando entender por que toda essa raiva foi dirigida a essa raça. E agora me dou conta que estava tão zangado e descontente comigo mesmo que disse a coisa mais desprezível que podia", disse o costureiro.

Em uma antecipação da entrevista, que pode ser lida nesta quarta-feira no site da revista, Galliano afirmou que não lembra da noite de 2010, em um bar de Paris, quando ele foi gravado proferindo insultos antissemitas a três pessoas e manifestou sua admiração por Hitler.

"Quando as pessoas começaram a me dizer que tinha feito essas coisas terríveis comecei a dar voltas em círculo sem saber realmente o que tinha passado. Meu ajudante me disse sobre o vídeo, e quando vi, vomitei", reconheceu Galliano, que após o escândalo foi demitido pela Christian Dior.

Na entrevista, ilustrada por imagens feitas pela famosa fotógrafa de origem judaica Annie Leibovitz, Galliano afirma que, "embora soe um pouco estranho", está "muito agradecido pelo que passou", porque diz ter "aprendido muito" sobre si mesmo.

"Eu redescobri aquela criança que tinha fome de criar, que acho que tinha perdido. Estou vivo", comemorou.

Nestes dois anos de ostracismo Galliano procurou cuidar de sua saída e se internou em março de 2011 um centro de reabilitação no Arizona (EUA). Além disso, contou que procurou consertar seus erros, leu livros sobre o Holocausto e se encontrou com líderes judaicos para pavimentar seu caminho para voltar ao mundo da moda.

Em fevereiro deste ano, seu amigo e também costureiro Óscar de la Renta o convidou a colaborar com ele para seu desfile na Semana da Moda de Nova York, quando voltou a causar polêmica após aparecer em público vestido com uma roupa semelhante as usadas por judeus ortodoxos.

EFE   
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