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Miami Fashion Week quer se posicionar como grande encontro da moda latina

15 mai 2014 - 15h38
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A 16ª edição do Miami Fashion Week começou nesta quinta-feira com as novas propostas de reconhecidos estilistas ibero-americanos, em uma passarela que pretende se posicionar como a grande vitrine da moda latina.

O diretor-geral, Álvaro Garnica, explicou à Agência Efe que a prioridade do evento é se transformar na grande reunião do setor para os profissionais latinos da mesma forma que Milão, Paris e Nova York são reuniões iniludíveis para as grandes marcas mundiais.

"O Miami Fashion Week sempre se ocupou um pouco da América Latina e sempre teve um olhar para ela", explicou Garnica.

Agora, porém, seus diretores querem dar um "impulso" para conseguir ser uma "ponte" entre os mercados da "América do Norte, Europa e Ásia com a América Latina porque, afinal de contas, todo mundo quer o mercado latino-americano", explicou.

"Esta pode ser a grande passarela da América Latina, porque aqui há gente da Argentina, Peru, Colômbia, Porto Rico, Panamá", disse a estilista espanhola Ágatha Ruiz de la Prada, que será a encarregada de encerrar os desfiles, no próximo domingo, com sua coleção de verão.

Por sua vez, o estilista Custo Dalmau, proprietário da marca Custo Barcelona, convidado especial deste primeiro dia, explicou à Efe que "Miami é uma cidade dos Estados Unidos, mas que tem muito DNA latino" pela crescente população hispânica que ele considera como um "mercado emergente".

Neste sentido, o diretor-geral Garnica manifestou que sua aposta se baseia em que "Miami é um centro nervoso fundamental", onde "a moda e a beleza são coisas que as pessoas procuram e perseguem".

Apesar da mudança de imagem que fizeram nesta mostra, os organizadores, convencidos do potencial que a "marca Miami" tem, são conscientes de que se trata de uma aposta para futuro, e que levará vários anos para conseguir se consolidar no setor.

"Sabemos que não é uma corrida de um ano, mas de vários anos, mas estamos muito contentes com o projeto", disse Garnica.

Esta edição, que conta com a presença de 37 estilistas, será marcada por "cores muito vivas" que refletem "o caráter e a personalidade de Miami", acrescentou.

No primeiro dia, a marca catalã apresentará "o universo Custo", composto por peças de cores "vivas misturadas com o branco, gamas de azuis, fúcsia e gamas de rosas", para sua versão de verão.

De sua coleção de inverno, a Custo Barcelona também apresentará algumas das tendências atuais com tonalidades mais "convencionais" como "bege, cinza, preto que também vão misturados com texturas de brilho", explicou o estilista.

"Gastamos de misturar as fibras naturais, como o algodão, a seda, o linho e a lã, com as fibras de última tecnologia, porque, de alguma maneira, o que nos interessa é criar uma linguagem nova que provém de misturar o convencional com o mais avançado", disse o convidado estrela da primeira noite de desfile.

Além de Custo Barcelona, nesse primeiro dia também participarão o venezuelano Nicolás Felizola e o colombiano Fabrizio de Castro.

O Miami Fashion Week, realizado no Centro de Convenções de Miami Beach, prevê receber um público de mais de 10 mil pessoas, seguirá na sexta-feira com três classes magistrais dos espanhóis Modesto Lomba, Nuria Sarda e Rosa Tous.

Posteriormente, desfilará a marca colombiana de roupa e acessórios infantis Lola Kids, e serão mostradas as últimas tendências do Peru através das propostas de Escudo, Ana María Guiulfo e Claudia Bertolero.

A forte presença ibero-americana prossegue com os espanhóis Andrés Sardá e Anna Mora; os argentinos Emprendedores de Nuestra Tierra, Cuarto Colorado, Mariana Castro e Agostina Bianchi; o boliviano Paulo Silva, a marca paraguaia Magnolia, o chileno Matías Hernán e a marca brasileira de maiôs, com lojas somente nos Estados Unidos, Sambarela.

EFE   
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