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Westwood apresenta em Milão uma revisão masculina da revolução industrial

13 jan 2013 - 18h13
(atualizado às 20h26)
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A desenhista Vivienne Westwood apresentou, neste domingo, na passarela da Semana da Moda Masculina de Milão, sua particular visão urbana contemporânea da estética têxtil da revolução industrial na segunda metade do século XVIII em sua Inglaterra natal.

Vivienne Westwood apresentou uma coleção com sabor de moda juvenil e casual
Vivienne Westwood apresentou uma coleção com sabor de moda juvenil e casual
Foto: Getty Images

Vivienne Westwood foi uma das protagonistas deste segundo dia de apresentações em Milão, deixando um particular sabor da moda juvenil e casual para o outono-inverno de 2013-2014, período de propostas têxteis que será mostrado na passarela italiana até a próxima terça-feira.

A marca britânica, sempre vanguardista, aposta em roupas com aspectos metálico e plástico, com cortes retos e geométricos que, misturados com diferentes cores, apresentam um toque muito urbano à coleção.

Moletons com capuz e calças com bolsos externos se misturam e combinam para oferecer a proposta têxtil de uma espécie de revolução industrial ao estilo do século XXI, com inspiração também no fenômeno rapper dos anos 90.

Com um pouco do século XVIII, outro do XIX, algo mais do XX e a atualidade do XXI, Vivienne Westwood se mostra totalmente disposta a enfrentar uma nova revolução, a "revolução climática", como é possível ler nas mensagens que seus modelos traziam neste domingo sobre a passarela.

Palco de contrastes têxteis como nenhum outro lugar, Milão foi fiel a sua tradição, acolhendo no mesmo dia a revolucionária Vivienne Westwood com o sóbrio Salvatore Ferragamo.

A casa italiana apresentou na passarela uma coleção metropolitana baseada nos azuis marinho e petróleo, também no preto, em uma atmosfera noturna impregnada pela chuva perante alguns acessórios impermeáveis, tecidos plásticos sobre peles.

Destacam-se nesta coleção outono-inverno de Salvatore Ferragamo, as bolsas masculinas polivalentes e a aproximação têxtil ao couro plástico, mas também ao autêntico.

Por sua parte, a Trussardi conseguiu contar sobre a passarela toda uma fábula masculina, enquadrada em uma floresta no meio do caminho entre o novo e o velho e no qual, sobre um tapete de folhas, o homem é capaz de manter-se afastado da vida laboral.

Longos casacos de pele de martingale, de couro e outros tecidos são adornados com grandes bolsos exteriores em um amplo leque de cores, sempre apagadas.

Mas em Milão também há cores vivas, como o vermelho, o amarelo e o azul usados pela Iceberf em gorros, casacos e jérseis sobre uma base preta que lembra muito os cortes geométricos dos anos 90, combinando com a próxima temporada de frio.

No terceiro e penúltimo dia da Semana da Moda Masculina de Milão desfilarão, entre outros, Empório Armani, Moschino, Fendi e Dirk Bikkembergs.

EFE   
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