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Me preocupa o que os novos estilistas vão enfrentar, diz Carlos Miele

10 set 2012 - 14h51
(atualizado às 15h19)
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O brasileiro Carlos Miele, um dos mais bem-sucedidos fora do País, apresentou sua coleção primavera-verão 2013 na semana de moda de Nova York nesta segunda-feira (10). Em entrevista exclusiva ao Terra, ele falou sobre o desfile, o processo de criação da coleção e sobre o atual momento do mercado da moda brasileiro. Segundo ele, o “grande interesse agora é pelo mercado brasileiro”, o que pode dificultar o caminho para o sucesso de novos estilistas.

Carlos Miele falou sobre a coleção antes de desfile em Nova York
Carlos Miele falou sobre a coleção antes de desfile em Nova York
Foto: Getty Images

“Eu me preocupo com os novos designers, porque eles vão ter uma concorrência muito maior. Eu estou estabelecido, de certa maneira, já estruturado no Brasil e fora do País. Mas vai ser difícil para as novas gerações”, disse ele.

Confira a entrevista exclusiva com Carlos Miele:

Terra: Qual foi a inspiração para esta coleção apresentada na semana de moda de Nova York?

Carlos Miele:

É como se a mulher estivesse entrado numa floresta alucinada, onde as girafas são azuis, onde existe muitas mutações de peles de tigres e leopardos, e os pássaros têm formas fluidas. Uma floresta com cores ácidas e fortes. Os comprimentos são diferenciados, o que é bacana. Acredito que para o verão do ano que vem os vestidos e as saias fluidas vão funcionar bem. Essa floresta não é no Brasil ou sobre o Brasil, é imaginaria. Obviamente, meu DNA é brasileiro, então tem essa coisa forte de ser uma coisa sensual, da mulher sensual sofisticada.

T: Como foi o processo de chegar nessa floresta?

CM:

Não sei, é uma coisa um pouco infantil. Acho que começou ao ver um desenho infantil de uma girafa azul. A partir dai comecei a imaginar como seria uma floresta que nem essa, com animais diferentes e com modelos diferentes. É uma floresta bastante divertida para todo mundo.

T: Quais tecidos que você usou?

CM:

Acho que o chiffon é o tecido mais forte, mas a gente trabalha bastante com as técnicas do plissado. E tem franjas e bastante mistura.

T: Qual a trilha sonora que escolheu?

CM:

A trilha foi feita pelos irmãos Sean e Antony, os filhos do Caca de Souza. Estamos com uma trilha bastante dançante e animada.

T: Qual é a importância de apresentar sua coleção ao público americano?

CM:

Nova York é cada vez mais uma vitrine para o mundo. Nós estamos vendendo em 24 países e é muito importante estar localizado ou na Europa ou nos Estados Unidos para apresentar a coleção. Eu comecei meu circuito em Londres, mas senti que Nova York tem mais alinhamento com o Brasil, de fuso horário, de facilidade para mim e ao mesmo tempo começou a se tornar mais internacional do que Londres. Apesar de eu gostar muito de Londres e da liberdade que você pode trabalhar lá, acho que Nova York já é o centro das artes visuais, já é o centro da música e vai se tornar o centro da moda.

T: Com a melhora econômica do Brasil nos últimos tempos, você sente que as pessoas estão olhando a moda brasileira com mais atenção?

CM:

O grande interesse agora é pelo mercado brasileiro. O que vamos perceber são as marcas internacionais investindo muito no País. Acho que vai dificultar para a moda brasileira no futuro porque teremos mais concorrência. São empresas globalizadas que tendem a se expandir em mercados grandes, como China e Brasil.

T: Isso te preocupa?

CM:

A mim, particularmente, não preocupa. Eu me preocupo com os novos designers, porque eles vão ter uma concorrência muito maior. Eu estou estabelecido, a gente tem um DNA muito forte e tem um conhecimento do meu nome, de certa maneira, já estruturado no Brasil e fora do País. Mas vai ser difícil para as novas gerações.

Fonte: Especial para Terra
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