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Brasileiro Gustavo Lins quer 'ensinar alta-costura' ao País

2 jul 2013 - 12h58
(atualizado às 13h01)
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Foto: AFP

O estilista Gustavo Lins, único latino-americano a fazer parte do seleto grupo de estilistas da Câmara de Alta-Costura de Paris, apresentou sua coleção de alta-costura, que ele nomeia como Pièces d'Exception na Embaixada do Brasil, nesta terça-feira (02). Não foi por acaso. Após o desfile , ele disse ao Terra que gostaria muito de levar o que aprendeu nesses 26 anos na França ao seu país natal.

"O Brasil exporta riquezas brutas, como pedras, minérios, seda etc. É preciso saber trabalhar com esse material, para exportar os produtos feitos", disse o estilista, feliz até por falar em português, após entrevistas em inglês e francês. Dentro desse projeto, ele embarca este mês para desenvolver um trabalho de nove meses junto com o Senai-Cetiqt, no Rio de Janeiro, para ensinar modelagem a representantes de empresas de vários Estados.

"É um projeto em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias. Assim, se um Estado está carente em mão de obra de modelagem, ou mesmo para desenvolver um projeto de transformar matéria-prima em produto acabado, pode mandar um representante de determinada indústria para ter essa formação"' explicou.

Raízes

As raízes africanas e indígenas brasileiras continuam a influenciar seu trabalho, apesar de o estilista manter sempre um pé na indumentária japonesa,  como nos quimonos. No desfile desta terça-feira, não foi diferente. "Do Brasil, peguei essa facilidade que as mulheres têm de pegar um lenço e transformar em roupa, que é também uma herança africana." 

A coleção, porém, teve como referência a arquitetura do japonês autodidata Tadao Ando. "Sua estética única e contemporânea que joga com o espaço e a natureza, a água e a luz. Entre a realidade do físico e a leveza do espírito"', explicou em seu material de divulgação.

Desfile

Pelas salas da Emabaixada Brasileira, os modelos caminhavam com peças retas, leves, com tecidos fluidos, segurando na mãos casacos. Calças, vestidos mais compridos ou mais curtos, transparências, amarrações. Casacos e estolas de pele. Mas tudo colocado com leveza, sem peso. Nas cinturas, algumas faixas rígidas, que lembram os obis dos quimonos, peça sempre presente na obra de Gustavo Apesar de ter desfilado a moda masculina no último sábado, modelos homens também desfilaram.

Calças mais largas, paletós com manchas pintados à mão, mesma estampa também usada em um vestido, forma vistos nos meninos. A gola falsa no pescoço, como visto no masculino também apareceu. "Sempre trabalhei com o universo masculino que pode passar para o feminino. E tmbem mostrei isso no desfile".

No fim, uma garotinha loura entrou com um vestido branco sob medida feita para ela. Antes, uma das modelos havia perdido um sapato no meio do desfile. Pegou o outro na mão e desfilou assim mesmo. Foi aplaudida.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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