Consultora critica roupas justas: “não sei como conseguem"
Costanza Pascolato elege roupas "estreitas" como pecado fashion feminino; entre os homens, ela não vê com bons olhos a "ditadura do conforto"
Aos 76 anos, Costanza Pascolato é indiscutivelmente um ícone fashion no Brasil. E, apesar de conhecer tudo do assunto, ela não se arrisca a dizer qual será o grande movimento da moda para o inverno 2015, tendências que têm sido apresentadas na última semana nos desfiles da 38º edição do São Paulo Fashion Week.
“Os desfiles não têm nenhuma grande novidade a não ser em alguns tecidos e texturas, mas é difícil saber se vai pegar nas ruas. Olha em volta, você vê as pessoas se vestindo iguais?”, questiona durante entrevista exclusiva ao Terra. Costanza explica que, mesmo com tanta variedade na passarela, cada pessoa tem estilo próprio e deve achar o que cai bem no próprio corpo, rotina e bolso. “Eu por exemplo não saio sem um casaco porque acho que fica bem com tudo. Mas, claro, isso funciona para mim”.
Apesar de valorizar as diferenças de estilos das pessoas e prestar muita atenção no streetstyle, tem dois costumes que considera enormes pecados da moda.
Primeiro, as roupas justas, curtas, apertadas além da conta. “As mulheres têm aparecido com umas roupas muito pequenas, muito estreitas. Deve ser incômodo à beça usar aquilo. Não sei como conseguem”.
E, como tudo nessa vida é equilíbrio, os exageros de tecidos e roupas largas demais também não são vistos com bons olhos pela consultora. “Principalmente os homens, eles se tornaram vítimas da ditadura do conforto. As mulheres são menos desarrumadas, mas às vezes vejo algumas que andam de qualquer jeito”, explica. Isso quer dizer que usar sempre a camisa para fora da calça, aqueles camisetões enormes e calças com barra por fazer, por exemplo, significam mais desleixo do que um look cool e estilo pessoal.