Com "noivas" de preto, Reinaldo Lourenço viaja para Portugal

Com a presença de Anitta na plateia pela segunda vez consecutiva (ela também assistiu ao desfile de verão), Reinaldo Lourenço resolveu novamente viajar pelo mundo. Agora, pegou o avião para Portugal e foi à cidade de Viana do Castelo, onde as festas tradicionais trazem as noivas do Minho. Trajes típicos para festejos religiosos, usados para recolher dinheiro para as festas e depois no casamento e no enterro.

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Pretos de veludo e com rendas, os looks portugueses deram início ao do desfile de inverno 2016 do estilista paulistano que, desta vez, trocou a FAAP, onde há tempos realizava suas apresentações. No Espaço Niemeyer, no terceiro piso da Bienal, no Ibirapuera, Reinaldo colocou os bancos virados para os vidros, tendo como fundo o verde das árvores do Parque. Lá, a plateia viu também estampas/azulejaria inspiradas no bairro Alto da Boa Vista, Alentejo e Porto.

A não ser pela sisudez dos trajes negros, que vinham com blusas tipo t-shirt de veludo, nem sempre a inspiração portuguesa foi literal. Quando se pensa em azulejos, lembra-se apenas dos desenhos azuis e brancos. Reinaldo foi mais além e colocou tons mais profundos em azuis, vermelhos e marfim. Não faltaram ainda casacos retos, longos ou curtos.

Várias peças eram construídas a partir de fitas de cetim duchesse intercaladas com transparências ou estampas, que pareciam pregas, mas se traduzem num minucioso trabalho de desconstrução e reconstrução de saias e vestidos mínis, mídis e longos. Nesse ponto, Reinaldo usou também a delicadeza ao misturar estampas diferentes, mas que se harmonizavam. Tudo trabalhado com o primor de sempre, inclusive nas fitas de paetês pretos.

Os tecidos poderosos se sucediam. Além dos veludos e das rendas, tules point d'esprit (com bolinhas), georgetes, sedas, crepe e cetim. Nos pés, escarpins e mules. E entre os destaques nos acessórios, os colares e brincos de esferas grandes de prata banhadas a ouro, assinadas pela joalheira Silvia Furmanovich.

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