SPFW: Grife denuncia racismo e genocídio em desfile com BBB
Do começo ao fim, a apresentação da grife baiana Meninos Rei teve conotação política, necessária para o Brasil que tem o racismo estruturado em todo o território. No começo, vídeos de telejornais com notícias sobre racismo e genocídio de negros. Depois, a cantora baiana Marienne de Castro entoou a capela "O Canto das 3 Raças". A plateia acompanhou e muita gente chorou durante toda a apresentação.
O desfile em si começou com modelo cadeirante, seguido por "reis e rainhas" africanos, os homenageados da vez da grife baiana, que tem conquistado o coração de famosos. Foi ela quem vestiu Deborah Secco para o Baile da Vogue deste ano.
Alguns desses "reis e rainhas" vinham com mães e filhos na passarela, como a ex-Rouge Aline Wirley e a influenciadora Tia Má. A ex-BBB Jessi Alves entrou feliz com seu blazer curto com mangas amplas. Na sucessão de looks com tecidos e estampas africanas, e modelagem ora justas ora largas, homens e mulheres entravam com toda a energia negra.
Um dos momentos mais aplaudidos foi quando um dos modelos entrou com capacete de motoqueiro e bolsa de entregador de aplicativo. Quando chegou no fim da passarela, já sem o capacete, tirou da bolsa um cartaz escrito: "Chega, Fora Bolsonaro".
No final, todos os modelos entraram e se abraçaram na ao som da música contagiante de tambores. Sim, a moda também dá seu recado.