O verde-e-amarelo reinou nas ruas neste domingo. E o vermelho foi hostilizado como se quem vestisse estivesse cometendo um pecado mortal e fosse o inimigo público número 1 do Brasil. Muita gente até se esqueceu que mais da metade do eleitorado votou em Dilma nas últimas eleições, cujo partido tem o vermelho como cor.
Hostilizada nas manifestações pelo Brasil neste 15 de março, a cor está em alta na moda e fica bem para todas os tipos de pele e de ocasiões
Será que todos as milhares de pessoas presentes nos atos contra o governo Dilma e anticorrupção no País odeiam a cor vermelha e não têm nenhuma peça no guarda-roupa? Quem ousou usar o vermelho na Paulista, na orla do Rio de Janeiro e em várias outras capitais e cidades do País corria até risco físico.
Mas vamos falar sério, se você olhar uma Marina Ruy Barbosa, uma Sacha, uma Sophie Charlotte com a cor vai achar que não são patriotas? E na próxima festa regada a champanhe ou uísque que você for convidada, não vai de vermelho só por que é a cor do PT? Ou será que daqui para frente, só entra verde, amarelo, azul e branco no guarda-roupa?
Como estamos numa democracia, é um ato cívico aceitar a opção de cada pessoa, seja no quesito opção política, seja no quesito moda. E quando o assunto vai para a moda, o vermelho reina absoluto. Seja nos tapetes vermelhos (ou será que aqui temos de mudar também para tapetes verde-e-amarelos?) ou para os looks do dia a dia, vale apostar na cor, SIM, porque é elegante e democrática. Combina com vários estilos, cor de pele e de cabelo, além de cair bem em vários modelos de roupas. Confira como 10 famosas que apostam na cor mais rejeitada deste fim de semana no Brasil. E viva a democracia!
O vermelho é uma das cores mais sensuais que existem. A atriz Dakota Johnson, a Anastasia de Cinquenta Tons de Cinza, sabe disso e lascou um vestido vermelho tipo reto, com apenas uma alça, com uma superfenda na lateral. Alguém hostilizaria um vermelho assim?
Foto: Jason Merritt / Getty Images
E a alemã Heidi Klum, se caísse sem querer na avenida Paulista neste domingo com um vestido como esse? Alguém teria coragem que ela é uma petralha? A resposta é não, não e não.
Foto: Frazer Harrison / Getty Images
Ticiane Pinheiro até colocou uma bandeira do Brasil em seu Instagram neste 15 de março. Mas na hora de eleger um look elegante, não está nem aí para a cor. Tanto que optou por ir com esse longo com brilho é vermelho. Você acha que é antipatriotismo?
Foto: Leo Franco / AgNews
Quando a Sacha, filha da Xuxa, escolheu este vestido para ir ao baile da Brazil Foundation, que homenageou sua mãe, ninguém pensou em tachar a garota de antipatriótica. Pelo contrário, as redes sociais bombaram com o longo justo, de cauda e decote nas costas usado pela garota de 16 anos. Só uma peça vermelha para causar tanto frisson assim.
Foto: Luiz C. Ribeiro / BrazilFoundation
O vermelho e uma das cores mais democráticas que existem. Fica ótimo em loiras e de pele clara, como esse modelo usado pela atriz Kaley Cuoco-Sweeting, a Penny, Penny, Penny, de The Big Band Theory...
Foto: Ethan Miller / Getty Images
... e também em morenas, como em Juliana Alves, que optou por um lindo macacão transpassado na frente com pernas tipo pantalona, modelo ideal para quem tem quadris mais largos .
Foto: Alex Palarea e Marcello Sá Barretto / AgNews
A ruiva Marina Ruy Barbosa é outra que fica ótima com o vermelho, como nesse vestido também transpassado na frente. Democracia pura!
Foto: Luiza Ferraz / Divulgação
O macacão tomara que caia de Mariana Ximenes ficou ótimo na atriz, que tem o corpo mignon. O azul do cinto fez completou o look, mostrando que as cores primárias ficam superbem quando combinadas entre si.
Foto: Leo Franco / AgNews
O vermelho é democrático no quesito formalidade e informalidade. Fica ótimo nas duas ocasiões. Veja como Isabelle Drummond soube combinar a calça opaca com túnica de tecido mais brilhante. Perfeita para o dia a dia, para o trabalho, para sair com os amigos, seja de que lado estejam na política.
Foto: Alex Palarea / AgNews
O vestido vermelho de Sophie Charlotte ficou ótimo nela, que é magra e alta. Neste caso, a democracia fashion pode ser comprometida. A cor serve para qualquer tipo de pele e etnia, mas pode ser perigosa se a pessoa tiver uns quilinhos a mais. Mas vamos e convenhamos, não estamos num regime de exceção. Assim as opiniões de cada um devem ser respeitadas. Uma delas é usar o vermelho quando, como e onde quiser.
Foto: Alex Palarea e Marcello Sá Barretto / AgNews
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