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O que é namastê e quando a palavra é usada: monge explica

Conheça origem e outros detalhes sobre o termo que se tornou icônico

4 abr 2022 - 05h00
(atualizado em 19/4/2022 às 10h41)
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Frequentemente associada aos universos da meditação e do yoga, a palavra carrega um grande simbolismo e é acompanhada por um gesto tradicional. Mas você sabe o que é namastê? 

É um termo em sânscrito, língua ancestral do Nepal e da Índia muito ligada à história, que significa “reverenciar você”. Assim, vai além de um simples cumprimento, traz a ideia de “o divino dentro de mim reverencia o divino dentro de você”. Denominado Añjali Mudrā, o tradicional gesto é representado por mãos unidas na altura do coração em sinal de equilíbrio. 

Segundo o monge Satyanātha, a palavra deriva de outra, namah, que quer dizer eu admiro, eu reverencio, eu respeito, eu me encanto. Dessa forma, não carrega sentido de adoração, ou seja, é possível dizer namah ao pôr do sol, por exemplo. 

Namastê: saudação traz ideia de profundo respeito e admiração
Namastê: saudação traz ideia de profundo respeito e admiração
Foto: Brizmaker / Adobe Stock

“A palavra namah pode se coligar a outros termos em sânscrito. Ao ligar ‘namas’ com ‘te’, que é você, quem está na nossa frente, torna-se namastê, cuja tradução literal é eu reverencio você”, destaca o monge. 

A cultura ocidental adotou a palavra que acabou ficando bem conhecida por sua conexão com as atividades focadas no corpo e na mente. Outra evidência surge após uma rápida pesquisa na internet, onde acessórios, como canecas e camisetas, reforçam a ideia de que namastê se tornou uma expressão icônica. 

Ela é, por assim dizer, uma forma de saudar e demonstrar respeito a quem se dirige, e não propriamente parte exclusiva de alguma prática esportiva ou de reflexão.  

“É uma palavra poderosa, pois ela traz consigo todo o entendimento do mundo, das energias e da vida. Ao falarmos namastê, não nos referimos apenas a um cumprimento, uma educação ou à alegria de estar na presença de alguém, é muito mais profundo”, afirma Satyanātha. 

Ele também acrescenta a visão de culturas antigas sobre o termo: “Na sabedoria da Índia, dos himalaias antigos e de qualquer pessoa de luz em qualquer lugar do mundo, em qualquer cultura, esse encantamento com o outro não se dá pela forma, mas pela essência. Quando dizemos namastê, indicamos: eu me encanto com a sua essência, eu reverencio o que há de mais belo e potente, o Atman, o seu Atma, a sua essência”, finaliza. 

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