Os cuidados e os sintomas do câncer de testículo
O câncer de testículo corresponde a 5% dos tumores em homens, mas tem altas chances de cura, se diagnosticado precocemente
O mês de abril, além de dar o devido destaque ao transtorno do espectro autista, também é o mês dos cuidados com o câncer de testículo? Apesar de ser responsável por apenas 5% dos tumores em homens, esse tipo da doença precisa de atenção e cuidado, pois tem altas taxas de cura, se diagnosticado precocemente. Por isso, surgiu o Abril Lilás, visando aumentar a conscientização sobre os cuidados com a enfermidade.
Thiago Castro, médico urologista do Hospital Anchieta de Brasília, acrescenta que o câncer de testículo é mais frequente em homens de 15 a 50 anos. "É preciso ter atenção, pois o sinal e sintoma mais comum é o aumento do volume testicular, ou aparecimento de um nódulo (caroço) no local", explica.
Ele ressalta que este nódulo pode ser confundido com orquiepididimites (inflamação dos testículos e dos epidídimos (canais localizados atrás dos testículos e que coletam e carregam o esperma), geralmente transmitidas sexualmente. Por isso, ele reforça a necessidade de se fazer o autoexame. "Esse é um hábito importante para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer", pontua.
Além disso, o especialista ainda conta que o diagnóstico do câncer de testículo é feito pelo exame físico (palpação) pelo médico, da ultrassonografia e, também, da dosagem de marcadores tumorais no sangue.
Tratamento
Conforme Castro, em caso de forte suspeita, o urologista realiza o tratamento que é, na maioria das vezes, a retirada do testículo (orquiectomia). "Ele é enviado para anátomo-patológico, que confirma a doença. Depois, o paciente pode fazer quimio, radioterapia ou observação, a depender do estadiamento tumoral", relata.
Ele conclui: "devido à alta taxa de replicação celular o câncer de testículo responde muito bem a quimioterapia, com taxas de cura acima de 95%, mesmo em casos de doença metastática. Por isso, é de extrema importância fazer o autoexame e consultas periódicas ao médico especialista", conclui.