Peelings mais agressivos podem deixar manchas na pele negra
Com o objetivo de estimular a renovação celular e eliminar as impurezas e as células mortas da superfície cutânea, melhorando a aparência do rosto e deixando-o mais suave, macio e com a tonalidade uniforme, o peeling é um dos tratamentos estéticos mais adotados pela maioria das mulheres preocupadas em manter a saúde e a beleza da cútis.
Apesar de poder ser realizada com diferentes ativos, a técnica nem sempre é indicada para as peles negras, que costumam reagir ao processo inflamatório desencadeado por ela com o desenvolvimento de manchas.
Por conta disso, muitos mitos e verdades giram em torno dos efeitos provocados por esse tipo de tratamento e as suas principais recomendações. Portanto, confira, a seguir, o que procede e o que não passa de lenda em relação à realização dos peelings em peles negras.
Peeling na pele negra pode causar manchas.
Verdade.
Quando realizado neste tipo de pele, o peeling não pode, de forma alguma, ser muito agressivo. Do contrário, a cútis poderá reagir às inflamações provocadas pela técnica com a hiperpigmentação. “Isso acontece devido a uma alteração na atividade dos melanócitos, que são mais ativos neste tipo de pele e passam a aumentar a produção de melanina na região”, explica Gabriela Casabona, dermatologista do Hospital Samaritano de São Paulo. Por isso, o único tipo de peeling permitido para as mulheres negras é o superficial, como o de cristal.
A pele negra precisa ser bem hidratada antes do tratamento.
Mito.
A hidratação contribui para que o período de recuperação pós-peeling seja mais confortável. Afinal, quanto mais a região estiver hidratada, menos irritada ela ficará após o procedimento. “Por essa razão, não existe a necessidade de a pele negra ser hidratada antes, apenas depois da sessão”, afirma a especialista.
A pele negra precisa receber cuidados especiais pós-peeling.
Verdade.
Pelo fato de a pele negra ser suscetível aos problemas de hiperpigmentação, ela também precisa receber uma atenção especial para que o resultado esperado seja alcançado. “Depois das sessões, é imprescindível que se evite a exposição solar, principalmente durante o horário das 10h às 16h, e que se aplique filtro solar com fator de proteção 30 ou maior na área tratada, além de um bom creme hidratante”, informa.
O intervalo das sessões de peeling superficial na pele negra deve ser maior do que nas peles claras.
Mito.
Procedimentos mais simples e menos invasivos como o peeling superficial não variam de acordo com o tipo de pele. Geralmente, para a retirada de acne, ele pode ser feito a cada semana ou quinzenalmente. Já para os casos de combate aos melasmas, as sessões precisam ter um intervalo maior, que varia de pessoa para pessoa.
PURA VERDADE: Por ser mais suscetível à hiperpigmentação decorrente do processo inflamatório provocado pelos peelings feitos com ativos mais potentes e agressivos, a pele negra pode apresentar manchas depois da realização do procedimento. Por conta disso, apenas as versões superficiais da técnica são permitidas neste tipo de cútis para que a reação inflamatória seja evitada no local tratado. Outros cuidados importantes são a não exposição ao sol, principalmente durante o horário das 10h às 16h, e a aplicação de filtro solar de um bom creme hidratante diariamente. E você, já tratou a pele negra com peelings ou outros procedimentos estéticos? Conte a sua experiência nos comentários.