Qual é a melhor bebida proteica de supermercado? Veja 5 marcas
A pedido do Terra, duas nutricionistas avaliaram os rótulos das bebidas e dizem o que levar em conta na hora da compra
Quem faz atividade física regularmente sabe que treino e alimentação precisam caminhar juntos. Não à toa as bebidas proteicas ganharam atenção no meio fitness.
Há diversas marcas, sabores e, claro, a composição de ingredientes também é variada. Diante disso, o Terra procurou duas nutricionistas, especialistas em Nutrição Esportiva, para avaliarem os rótulos de cinco das principais marcas disponíveis nos mercados.
Cristina Menezes é também especializada em Nutrição Clínica e Modulação Intestinal. Já Renata Brasil se especializou ainda em Estética e Nutrição aplicada à Fisiologia Hormonal. O resultado das avaliações você confere abaixo:
Nude
Ao checar a tabela nutricional do produto, Cristina avaliou seu índice proteico como "bom", já que é feito com ingredientes naturais, sem adição de adoçantes, corantes e conservantes, além de ser enriquecido com vitaminas do complexo B e vitamina D. "É uma boa opção para os veganos e para aqueles que não podem consumir a proteína do leite de vaca", pontua.
Renata o indica com ressalvas. Ela explica que, por se tratar de proteína vegetal, de ervilha, não é possível dizer que se absorve todas as 15g da substância presentes na bebida. Isso porque há um coeficiente de eficácia proteica, o PER, que indica a real absorção de proteína do produto.
Piracanjuba
A marca também passou na avaliação de Cristina, que destaca o alto teor proteico, em especial pela concentração de leite e colágeno. Além disso, a bebida não tem açúcar.
Renata também aprova, mas faz ressalvas. "Aqui há uma jogada de marketing, porque se usa o termo "Whey", que é a proteína mais pura, a proteína do soro do leite. Porém, o primeiro ingrediente informado no rótulo não é "proteína do soro do leite", ou seja, o ingrediente de maior quantidade no produto não é Whey, sendo o leite a principal fonte de proteína do produto. Além disso, o rótulo não especifica o quanto dessas proteínas são de fato derivadas do Whey", alerta.
YoPRO
Aprovado e sem ressalvas pelas duas especialistas. Cristina pontua que o produto tem alto teor proteico, não tem lactose nem açúcar.
Renata pondera que o whey não é a principal proteína, mas como o produto não é anunciado de tal modo, não há engano para o consumidor. O que se vende é o que se divulga.
Três Corações
O produto não passou no teste das nutricionistas. Renata aponta que a principal fonte de proteína do produto não é whey, embora o nome seja usado na referência do produto. "A principal fonte de proteína aqui é o leite pasteurizado semidesnatado", corrige.
Cristina acrescenta ainda que há diversos emulsificantes, estabilizantes e aromatizantes na composição, que podem causar reações alérgicas e inflamatórias. "É adoçado com sucralose, tem zero fibras alimentares, contém gordura saturada e colesterol".
Betânia
Por último, o Betânia, que não passou no teste pelos mesmos motivos — aromatizantes, sucralose, estabilizantes e "mais carboidrato que proteína", reforça Cristina.
"É uma bebida láctea acrescida de proteína. Por si só, isso já tem um ponto negativo: todo processo produtivo de bebidas lácteas gera produtos mais residuais, menos puros e mais pobres em nutrientes", inicia Renata.
"Além disso, este possui uma quantidade de Whey ínfima – o rótulo induz a pessoa a interpretar que o Whey seria a fonte principal de proteína, porém, entre os rótulos avaliados, este é o que possui o ingrediente em menor quantidade. Praticamente não tem, uma vez que whey protein é a proteína do soro do leite, e a maior parte de proteína desse produto é derivada do leite e/ou do leite em pó", analisa.
Como escolher sua bebida proteica, entre outras marcas?
A recomendação básica é: atente-se ao rótulo dos produtos e confira o teor proteico da porção. Cristina Menezes sugere a compra de produtos cuja composição seja limpa, livre de açúcares, aditivos e itens artificiais.
A indicação de Renata Brasil segue a mesma linha. Ela chama atenção para a ordem em que os produtos estão dispostos no rótulo do produto, pois isso deve guiar a escolha.
"O primeiro ingrediente é o que aparece em maior quantidade no produto, o segundo, em segunda maior quantidade, e assim por diante. (...) Outro ponto é entender a fonte de proteína utilizada naquele produto, pois a qualidade nutricional depende da sua composição, digestibilidade, absorção, biodisponibilidade de aminoácidos essenciais e de nitrogênios totais", ensina.