Quatro dicas básicas ajudam a evitar queloide pós-plástica
É natural que quem tenha tendência ao queloide fique com receio de investir em uma cirurgia plástica estética com medo da cicatrização. Mas, hoje, já é possível evitar o problema tomando alguns cuidados simples no período pós-operatório que, segundo especialistas, compreende os primeiros três meses depois da cirurgia.
O cuidado deve ser redobrado e começa antes mesmo da cirurgia. "Em um implante mamário, por exemplo, a incisão deve ser feita em regiões com algum tipo de pressão natural, próxima de um osso, para que a compressão natural do corpo seja uma forma de prevenir a formação do queloide", explica o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Uso da bandana elástica e da fita de silicone
Bandanas elásticas ou fitas adesivas de silicone comprimem a região operada, evitando a produção excessiva de colágeno e reduzindo o fluxo sanguíneo. "A compressão, também chamada de pressoterapia, inibe o estímulo à cicatrização e, consequentemente, a formação do queloide", explica Pacheco.
As bandanas elásticas normalmente são comercializadas por empresas especializadas a preços que variam entre R$ 180 e R$ 300 e são indicadas pelo próprio cirurgião plástico.
Elas devem ser usadas por até três meses. Com a correta higiene, a bandana mantém sua elasticidade e a pressão necessária para evitar a formação do queloide. Para isso, é preciso lavar com água corrente, secar com ventilador, guardá-la em um saco plástico e levá-la ao freezer por 20 minutos.
A fita de silicone desempenha a mesma função da bandana elástica, servindo para comprimir as cicatrizes. Uma vantagem é que elas são enriquecidas com óleo mineral que mantém a hidratação da cicatriz, o que inibe a coceira no local.
As tiras devem ser cortadas no tamanho da área a ser tratada e aplicadas sobre a região por, no mínimo, 12 horas. Durante o banho, recomenda-se a retirada da tira. Após o uso, é preciso lavá-la com sabonete neutro, enxaguar com bastante água morna e deixar secar naturalmente. A mesma tira pode ser utilizada por aproximadamente 20 dias. As fitas de silicone podem ser encontradas em farmácias e drogarias a partir de R$ 35.
Aposte em cremes com corticoide
Ainda durante o período pós-operatório, pacientes com tendência à formação do queloide podem recorrer ao uso de cremes com corticoide que inibem o estímulo e a produção de colágeno na cicatriz.
Mas atenção: o uso da pomada deve ser recomendado por um especialista e supervisionado durante o período de aplicação, pois o manuseio incorreto (fora da cicatriz) pode provocar lesões na pele. Atualmente, pomadas com corticoide são amplamente utilizadas na prevenção e tratamento do queloide.
Passar pomadas de silicone
A pomada de silicone é recomendada para regiões que não tenham contato com as roupas como mão, pescoço e rosto, ou em locais com dificuldade técnica em utilizar a fita, como no umbigo. De fácil aplicação, não necessita de nenhum tipo de bandagem por compressão. O ideal é utilizar uma camada fina sobre a pele e reaplicar, se necessário, respeitando o uso diário de, no mínimo, 12 horas. Segundo o fabricante, estudos médicos constataram que só o contato do silicone com a cicatriz já ajuda a evidenciar o tratamento. O produto na versão pomada custa R$ 70 (tubo de 15g).
Evitar exposição solar
Embora a exposição solar não seja responsável pelo aumento no tamanho e no inchaço das cicatrizes, estimula a produção de melanina na região que está sensível deixando-a mais propensa à pigmentação. Como resultado, a área pode ficar escurecida. Por isso, o ideal é evitar a exposição ao sol da cicatriz, especialmente entre 10h e 16h, e fazer uso de filtro solar.
Agência Hélice,
Especial para o Terra