Sol tomado na infância compromete a pele na fase adulta
Taxados pelos dermatologistas como um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de pele e do envelhecimento precoce, os raios solares absorvidos pelo corpo, sobretudo durante a infância e adolescência, podem comprometer pra valer a beleza e saúde da cútis ao longo dos anos.
Isso porque, nesta fase da vida, a superfície cutânea ainda não apresenta todas as suas proteções necessárias, tornando-se mais sensível e suscetível ao acúmulo natural e gradativo das radiações UVA e UVB nas camadas mais profundas da derme.
Por isso, em médio e longo prazo, o processo acumulativo pode atingir, até mesmo, as fibras elásticas e colágenas da pele, provocando as chamadas elastose solar (alteração que deixa um aspecto enrugado na região) e poiquilodermia solar (responsável por deixar a superfície cutânea com manchas vermelhas e acastanhadas).
“As lesões tardias causadas pelos raios ultravioleta costumam surgir com mais frequência na fase adulta e também na senil, época na qual os primeiros sinais de envelhecimento também começam a se manifestar”, afirma Ana Célia Xavier, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo.
Com muitas consequências negativas, o sol também contribui diretamente para o surgimento das indesejáveis manchas senis, que nada mais são do que aquelas marcas amarronzadas que se localizam no rosto, nos braços e nas mãos em pessoas de pele clara com mais de 50 anos, assim como para os danos no DNA celular e para as lesões pré-cancerígenas.
Como prevenir?
Apesar de provocar um efeito devastador com o passar do tempo, a ação dos raios solares pode ser facilmente combatida no dia a dia com dicas simples. A principal delas passa, é claro, pelo uso constante dos fotoprotetores e de roupas feitas com tecidos aderentes ao corpo (lycra é um bom exemplo), que oferecem uma maior proteção contra a radiação. Além disso, vale a pena tomar banhos de sol somente em horários nos quais a intensidade dos raios é menor, ou seja, antes das 10h e depois das 16h.
“Quando essa proteção não ocorre da forma adequada e os resultados do descuido começam a surgir na idade adulta, a recomendação é tratar as lesões com procedimentos indicados pelo dermatologista, não abrir mão do filtro solar em hipótese alguma e evitar todos os dias o contato com o sol”, ressalta a especialista.