Trate a hiperidrose com Botox, desodorante ou remédio
Popularmente conhecida como doença do suor excessivo, a hiperidrose é causada pelo grande aumento de trabalho das glândulas sudoríparas. Relacionado a uma disfunção hormonal e até mesmo um fundo emocional, o problema se concentra em determinadas regiões do corpo como axilas, mãos, pés e rosto, podendo ser tratado de maneiras alternativas a quem não deseja recorrer imediatamente à cirurgia de retirada dos órgãos de secreção.
Amenizar a transpiração constante é mais simples na etapa primária da hiperidrose, quando o sistema nervoso central, responsável por comandar o controle da temperatura corporal, não recebe resposta do estímulo enviado às glândulas. Nesse caso, procedimentos leves e menos invasivos são os mais recomendados.
Desodorante
“Desodorantes comuns funcionam pouco e são fracos, pois a concentração de cloridróxido de alumínio (adstringente suave que reduz a transpiração com leve efeito desodorizante) é baixa”, explica Alexandre Filippo, dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Por isso, é indicada a aplicação diária de fórmulas que concentrem de 15% a 20% do composto em sua receita. Nas versões comuns, há apenas 5% da substância bactericida.
Botox
Método mais utilizado atualmente, a introdução de toxina botulínica paralisa a hiperatividade das glândulas de suor. “Como o tratamento não interfere no eixo de estimulação cerebral, ele não aumenta ou causa sudorese em outras áreas do corpo” explica Marcelo Bellini, dermatologista membro da Sociedade Americana de Dermatologia. Após a primeira aplicação, o efeito é notado dentro de uma semana ou mais, sendo necessárias novas doses de Botox no intervalo de seis a oito meses. “Em 60% dos casos, os pacientes necessitam de no máximo três aplicações. Os 40% restantes se tornam pacientes regulares” completa.
Medicamento
Remédios à base de cloridrato de oxibutinina diminuem a atividade da glândula, mas se o tratamento for interrompido, a transpiração excessiva retorna. Para iniciar o uso contínuo da substância, que atua no sistema de regulação da produção de suor, é necessário passar por uma consulta com um dermatologista ou endocrinologista, profissionais que avaliarão a liberação do medicamento.
Iontoforese
Por meio de estímulos elétricos liberados principalmente em pés, mãos e axilas, a técnica com iontoforese reduz a atividade dos órgãos de suor. “A aplicação pode ser semanal ou quinzenal. Recomenda-se, inclusive, duas vezes na semana, se possível”, indica Alexandre.