Trocar de desodorante com frequência para que seu corpo não se acostume é necessário?
Usar sempre o mesmo tipo de desodorante pode fazer a pele "se acostumar" com ele e o produto deixar de ser eficaz com o passar do tempo? Esta é uma dúvida recorrente, pois muitas pessoas começam a notar que sua marca preferida não apresenta mais os mesmos resultados de outras épocas no combate aos maus odores.
De modo geral, há bastante divergência sobre o tema, com alguns especialistas acreditando que o organismo se torna imune ao desodorante depois de algum tempo de uso. Já para outros, isso não passa de mito visto que, até o momento, não há nenhuma comprovação científica desta relação.
O que se sabe é que o desodorante realmente pode se tornar ineficaz contra o suor em algumas pessoas. Para quem acredita que a pele se adapta ao produto, a explicação estaria nas bactérias que se tornam resistentes às substâncias químicas da fórmula, algo semelhante ao que acontece com alguns antibióticos, anulando seus efeitos.
Para quem pensa diferente,o motivo de o desodorante deixar de ser efetivo pode estar ligado a uma série de outros fatores e não a uma suposta imunidade adquirida pelo corpo. Dessa forma, é preciso verificar a origem do mau cheiro nas axilas antes de começar a trocar de marca com frequência.
Alterações hormonais e outras influências
O mau funcionamento do desodorante pode ter relação com alterações hormonais que afetam a quantidade de suor e de bactérias na região das axilas. Gravidez, menopausa, o uso de determinados medicamentos, problemas de saúde e até o próprio envelhecimento podem levar a essas mudanças.
Algo que também afeta o odor corporal é a dieta, pois determinados tipos de alimentos, como cebola, alho, brócolis, repolho, carnes e leite, quando consumidos em excesso, ajudam a piorar o cheiro do suor. O estresse é outro fator capaz de gerar o mesmo efeito.
Mudanças no estilo de vida, como o aumento da quantidade de exercícios físicos, são outras ações que fazem a pessoa ficar muito mais suada, aumentando as chances de que odores ruins apareçam em destaque. O mesmo vale para as estações mais quentes do ano, exigindo um cuidado maior com a higiene.
É importante citar ainda o uso de certos tipos de roupas, que possuem a capacidade de desequilibrar a flora das axilas, além de aumentar a produção de suor. Com isso, o usuário tem a sensação de que o seu desodorante preferido não é mais eficiente.
O que fazer?
Ao notar que o desodorante não tem mais o mesmo efeito, vale testar outra marca, talvez mais forte, e acompanhar o resultado. Escolher antitranspirantes de aplicação noturna, com reaplicação pela manhã, e usar o produto nas axilas limpas e secas são outras dicas úteis.
Caso as mudanças não surtam efeito, considere buscar ajuda profissional para identificar as causas do problema e tratar o suor excessivo adequadamente.