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Elas contam por que 50 são os novos 30

Entre transformações, planos e sonhos, mulheres mostram por que a faixa etária dos 50 pode ser, sim, surpreendente

24 ago 2016 - 08h00
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Cada vez mais as mulheres provam que não há limite de idade para decisões e novas escolhas de vida. O que antes era feito aos 30 anos - mudar de carreira, de relacionamento, de cidade - agora também faz parte de outras décadas, em especial a dos 50. Nessa faixa etária, elas nada tem a ver com uma imagem de senhora, sentada em casa e de pantufas. 

A psicóloga Silvia Malamud afirma que ter 50 anos no século 21 é muito diferente de ter 50 anos no século 20. “A qualidade de vida para quem tem 50 hoje é muito maior. A pessoa está no início de muitas possibilidades, mesmo com uma consciência da finitude da vida. O fato da mulher hoje estar podendo viver mais é por que ela tem mais saúde para isso. Ela tem tudo para uma velhice extensa e produtiva”, diz.

Isabel mudou de cidade e de vida e se sente mais tranquila aos 50
Isabel mudou de cidade e de vida e se sente mais tranquila aos 50
Foto: Arquivo pessoal

Impulso para mudar

Para a microempresária Isabel Rockenbach, 50, o tempo trouxe tranquilidade, segurança emocional e, é claro, felicidade. “Agora sou mais livre com as minhas ações e pensamentos. Com alguns limites, claro, que o corpo não permite mais, mas faço o que quero, na hora que quero, goste quem gostar. É muito bom ter 50”, conta. 

Há quase um ano, Isabel decidiu sair de Lajeado, cidade do interior do Rio Grande do Sul onde nasceu e viveu, para morar em Garopaba, município no litoral sul de Santa Catarina. A primeira mudança, para ela, foi o desapego de coisas materiais e pessoais. 

“Nos últimos 15 anos, tive uma loja de roupas, e nos últimos dois anos foi tudo muito difícil, especialmente por causa da economia. Corria muito para dar conta de tudo, e sofri um grave acidente de carro, o que me fez repensar a vida que eu estava levando. Depois de 10 meses, eu estava aqui em Garopaba, com 49 anos, quase 50”, lembra.

A cidade escolhida veio de uma intuição. Isabel já tinha em mente que queria morar na praia, e o litoral catarinense parecia calmo, com oportunidade de emprego e um custo de vida baixo. Além disso, conta, “era um local de curas naturais para as doenças urbanas”. Hoje, Isabel trabalha em uma loja de vestiário feminino e masculino, com confecção e estilo próprios, e assumiu a parte administrativa, financeira e de vendas na alta temporada. 

“Não sei se é o lugar que estou vivendo, mas estou bem tranquila nos meus 50. Claro, o corpo muda um pouco, perder peso é mais difícil, mas a visão do mundo é diferente sim, queremos viver sem muitos questionamentos mais, somente viver. Eu particularmente não acho que tenho 50. É a cabeça que leva o corpo”.

Fôlego para novos objetivos

A jornalista Aparecida dos Santos foi realizar seu sonho de vida só depois dos 40 anos, e hoje, com 51, se vê com ainda mais fôlego para alavancar projetos pessoais. Em 2009, aos 44 anos, formou-se em Jornalismo, sua primeira graduação, e depois de alguns trabalhos na área, começou a investir no ramo da alimentação. 

Aparecida se sente mais segura do que quer aos 30, e ainda com muito fôlego para tocar seus projetos
Aparecida se sente mais segura do que quer aos 30, e ainda com muito fôlego para tocar seus projetos
Foto: Arquivo pessoal

“No fim de 2014, abri uma confeitaria virtual, e desde então estou trabalhando nela. Ano passado, fiz o bolo do Cordão da Bola Preta, homenageando os 450 anos do Rio, e este ano fiz o bolo de aniversário do Jardim Botânico. Sinto muita energia e disposição para alavancar as vendas da confeitaria. Quero aprofundar meus estudos em Gastronomia, e me reciclar na área de Jornalismo para voltar ao mercado”, conta.

Para Aparecida, que nasceu em Volta Redonda e se mudou para o Rio de Janeiro com 12 anos, onde trabalhou como empregada doméstica até ingressar na faculdade, a frase “os 50 são os novos 30” nunca fez tanto sentido. 

“Aos 30, eu estava insegura com a situação financeira. Achava que ser uma boa mãe era meu projeto para o resto da vida. Hoje, me sinto mais segura do que quero para mim, tenho ótima autoestima. Sinto-me com o vigor de uma mulher jovem, mas com bagagem e experiência. Não que me arrependa de algo, só não era o tempo certo. Este tempo chegou agora”, conta. 

Fonte: Terra
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