Mulheres confortáveis na própria pele, em qualquer idade
Afinal, a mulher ainda precisa – ou quer – esconder o envelhecimento?
Quando perguntam a idade da paulista e consultora financeira Maria Luíza Martorelli ela responde, sem pensar muito ou se sentir constrangida, 57 anos. A nutricionista gaúcha Narga Paz Ayub garante sentir muito orgulho de estar no auge dos seus 58 anos. O mesmo acontece com a atriz gaúcha Lourdes Kauffmann, que revela sem mistério seus 70 anos. Perguntar a idade de uma mulher não só já significou falta de educação como tinha sido banido do manual de bons costumes. Mas precisa ser assim?
A ala feminina vêm mostrando que o tempo não é mais um inimigo, nem significa que a vida esteja chegando ao fim. Ao contrário, para elas, cada dia é um recomeço. “Eu vivo um dia de cada vez”, confidencia Maria Luíza. Ela, que se considera uma grande batalhadora, garante que se sente melhor hoje do que aos 30 anos. Lourdes, que se tornou atriz aos 55 anos, conta que o segredo para a jovialidade é muito simples: “Não sou mais uma jovenzinha. Eu pareço mais jovem porque faço com que as pessoas vejam mais o meu interior do que o meu exterior”, orgulha-se.
A passagem dos anos nunca incomodou nenhuma das três. Para elas, as rugas são naturais da idade e o cabelo branco também não deve ser um tabu. Por isso, nem Maria Luíza, nem Narga e nem Lourdes tingem os fios. “A gente pode não ter mais o mesmo pique de antes, os músculos se tornam mais frágeis, os cabelos vão ficando brancos, mas nada disso me incomoda. Desde que eu assumi os branquinhos, eu me pergunto porque não tinha adotado este estilo antes”, fala Narga.
O trio tem mais um ponto em comum: elas não aparentam a idade que têm. Aliás, um espanto quase unânime vem como resposta às suas datas de nascimento. “Eu nunca aparentei a minha idade real e já tirei muito proveito disso. Hoje adoro falar e ver a expressão incrédula dos outros”, diverte-se Maria. Para Lourdes, a idade (e todas as marcas que ela deixou no seu rosto) são sinônimo de orgulho. “O corpo aos 70 já tem suas limitações e devemos respeitá-las. O mais importante é que se tenha uma pele saudável mesmo com o passar do tempo”, reflete.
A idade que elas querem ter
“Aos 57 anos eu tenho o direito de fazer o que eu gosto e quero. Ninguém me obriga mais a nada”, ressalta Maria. A consultora afirma que todas as experiências que viveu ao longo dos anos a fortificaram. Narga também levanta a bandeira da independência e afirma que a grande vantagem que os anos a mais carregam sobre a juventude é a experiência e a forma de encarar a vida. “Me visto e vou aonde quero, inclusive para baladas. Me divirto e aguento mais que muito jovem, adoro dançar e me divertir, saio com meu filho para todos os lados”, conta.
Pois caso você encontre uma Maria Luíza, uma Lourdes ou uma Narga por aí esqueça as formalidades, elas não querem ser chamadas de senhoras! Querem, somente, serem vistas da forma que merecem: mulheres que estão em busca dos seus objetivos, trabalhando e que sabem que a idade é, apenas, um número.