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Sexualidade depois dos 50: o que muda no corpo das mulheres

Veja como chegar chegar nesta fase sem sentir as mudanças no corpo de forma negativa

2 set 2016 - 08h00
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Você já deve ter ouvido que com o fim da menopausa a mulher, simplesmente, abandona a sua vida sexual e já não sente mais desejo nenhum, certo? Pois saiba que isso é um grande equívoco. Elas podem, sim, passar pela vida inteira com muito libido e mantendo relações. De acordo com a educadora sexual Neusa Pandolfo, a sexualidade após os 50 anos varia muito de mulher para mulher, no entanto, os seus hábitos podem fazer toda a diferença quando essa fase chegar.

Neusa explica que quando o corpo feminino não menstrua mais há diminuição de estrogênio e, portanto, a mulher acaba perdendo a lubrificação. Contudo, medicamentos que possuam reposição hormonal podem devolver a ela esses hormônios perdidos. “Não é uma regra esta perda após os 50 anos, varia muito. Mas é possível passar batido pela menopausa com o tratamento adequado”, garante a especialista.

Conhecer o próprio corpo é fundamental para ter uma vida sexual saudável aos 50 anos
Conhecer o próprio corpo é fundamental para ter uma vida sexual saudável aos 50 anos
Foto: Schutterstock/Olesya Kuznetsova

A educadora explica que um outro ponto é fundamental para se manter uma vida sexual saudável após os 50 anos: o psicológico. Para Neusa, mulheres que sequer conhecem o seu corpo podem chegar a quinta década sem sentir desejos. Ao contrário de quem se conhece e sempre teve uma vida sexual ativa. “Saber onde está o ponto de prazer, saber o que gosta e o que não gosta faz toda a diferença. Por isso eu considero a masturbação fundamental”, avalia.

Para a especialista, colocar a responsabilidade do prazer no parceiro é um grande erro. “Sabemos que muitas vezes a mulher não tinha a permissão de dizer onde sentia mais prazer. Mas as coisas mudaram. Há aquelas, por exemplo, que passam a vida inteira achando que lubrificação é orgasmo. Isso é gravíssimo”, ressalta.

Para Neusa, rever os pensamentos e a forma que o público feminino lida com a sexualidade é fundamental para se ter uma vida saudável e ativa após os 50 anos. “Eu, por exemplo, parei de menstruar aos 44 anos e sequer senti qualquer mudança. Ao contrário, achei maravilhoso ficar livre da menstruação”, confidencia.

Os hábitos adotados ao longo da vida interferem na sexualidade feminina
Os hábitos adotados ao longo da vida interferem na sexualidade feminina
Foto: Shutterstock/Phovoir

Corpo em constante mudança

Com o passar dos anos o órgão sexual feminino vai envelhecendo – assim como o restante do corpo. Com isso, as paredes da vagina acabam ficando muito mais finas. Por isso, de acordo com Neusa, pode existir a necessidade de usar um lubrificante na hora de uma relação sexual, para evitar a dor. “Algumas mulheres chegam a desistir do sexo por conta disso. Eu acho que tudo isso ocorre por falta de informação, pois há formas para resolver”, afirma.

Ainda de acordo com ela, se a mulher desiste da relação sexual, a vagina pode infantilizar e atrofiar. “Uma mulher que fica uns cinco anos sem sexo, por exemplo, pode ter grandes dificuldades e sentir muita dor se for praticar. E quanto mais velha, pior para retomar. Por isso eu indico para todas uma longa e feliz vida sexual”, ressalta.

Fonte: Terra
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