Descubra o que é mito e verdade na depilação com cera quente
Um dos métodos mais utilizados pelas mulheres para dar fim aos indesejáveis pelos das pernas, axilas, buço e virilhas, a depilação com cera quente sempre girou em torno de mitos e verdades. No entanto, apesar de muito se falar sobre os benefícios e efeitos negativos da técnica - capaz de arrancar os fios pela raiz, mas também de agredir pra valer a superfície da cútis - vale a pena lembrar que nem todas as afirmações ditas por aí condizem com a realidade.
Existem muitas lendas sobre a depilação com cera, apontam especialistas. “É essencial que as mulheres saibam os pontos fortes e fracos do procedimento para poder ficar com a pele lisa sem ter de enfrentar problemas”, ressalta Fernanda Tassara, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Brasileira (SBCD).
Por isso, confira, a seguir, a relação do que é mito e verdade neste procedimento para sanar de vez todas as dúvidas e encarar sem medo a cera quente.
Agride a pele
Verdade - apesar de fazer sucesso entre as brasileiras, a depilação com cera quente agride a cútis, provocando vermelhidão e inchaço. "No processo de retirada dos pelos das regiões desejadas, a tração feita contra a pele, associada à alta temperatura, remove a camada protetora da cútis, provocando um processo inflamatório, como a foliculite e até queimaduras”, revela Fernanda.
Depilar sobrancelha e buço com cera quente provoca flacidez
Mito
- ideia bastante comum entre as mulheres, depilar a sobrancelha ou o buço com cera quente não deixa a pele flácida. "Os famosos puxões da técnica agem superficialmente sobre a pele", esclarece Fernanda. Além disso, vale a pena salientar que a implacável flacidez facial é causada, normalmente, pelo enfraquecimento das fibras de colágeno e elastina que não são atingidas durante a depilação.
Dura mais que a lâmina
Verdade - ideal para as mulheres que têm pouco tempo livre, a técnica de remoção de pelos é mais eficaz do que a realizada com a lâmina. “A depilação com a cera quente tende a durar mais (em torno de duas semanas), porque tira o pelo pela raiz, ao contrário da lâmina, que apenas corta a haste do fio”, explica Fernanda.
Provoca manchas
Verdade
- quando puxada com força para remover os pelos, a cera quente agride a superfície da pele que, como forma de autodefesa, produz mais melanina - pigmento responsável por dar coloração à cútis - na região depilada, formando manchas acastanhadas.
Dilata os vasos e causa varizes
Mito
- a cera quente não é a vilã da história quando o assunto é o surgimento das temíveis varizes. Isso porque, o problema, de origem genética, só aparece pela incapacidade da veia de manter o fluxo sanguíneo contínuo e de promover o retorno do sangue para o coração.
No entanto, quem tem tendência a apresentar vasinhos dilatados deve evitar o uso da cera quente, pois eles costumam ser mais superficiais e se tornarem mais sensíveis à vasodilatação, intensificada pelo calor provocado pelo procedimento.
Exposição solar deve ser evitada
Verdade
- evitar a exposição ao sol até 24 horas após a depilação com cera é fundamental para a saúde e beleza da cútis, que fica mais sensível e suscetível à formação de manchas.
Cera não precisa ser descartada
Mito - sinônimo de perigo para as adeptas da cera quente, achar que os itens usados durante a depilação não precisam ser descartados podem trazer problemas sérios de saúde. “Quando fazemos o uso coletivo desse tipo de material aumentamos os riscos de proliferação das bactérias presentes na pele, além do surgimento de doenças graves como o HPV”, alerta Carla Bortoloto, dermatologista e especialista em medicina estética do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele (IPTCP).
Cera quente encrava os pelos
Verdade - os pelos tendem a encravar com facilidade porque, enfraquecidos, têm dificuldade de romper os canais por onde passam. Por isso, uma boa dica para evitar o encravamento é fazer esfoliações antes do procedimento.