Bombas de escorpião, fogo grego e as 5 piores armas de guerra de todos os tempos
Ao decorrer da história, os exércitos procuraram as formas mais diferentes de guerrear contra seus inimigos. Na maior parte das vezes, as estratégias foram covardes e anti-éticas, e em outras, eram simplesmente ridículas.
Neste texto, compartilhamos cinco das piores armas de guerras já utilizadas pela humanidade.
1. Bombas de escorpiões
(Fonte: American Museum of Natural History/Anna Faherty/Flickr/Reprodução)Há 2 mil anos, soldados criaram bombas de barro cheias de escorpiões venenosos. É isso o que conta a autora Adrienne Mayor no livro Greek Fire, Poison Arrows And Scorpion Bombs: Biological & Chemical Warfare in the Ancient World, em que revela que essas bombas foram usadas contra soldados romanos que tentavam cercar a antiga cidade de Hatra.
Os soldados aguentaram os ataques de bombas de escorpiões durante vinte dias. Os animais atingiam suas áreas mais expostas da pele e queimavam seus rostos e olhos.
2. Peste causada por carneiros e burros
A chamada peste hitita é considerada um dos primeiros exemplos de uma guerra biológica provocadas pelo homem. Ela se refere à doença bacteriana tularemia, que foi transformada em arma a partir do uso de carneiros e burros infectados implantados em certas áreas comerciais para contaminar os inimigos.
A peste se espalhou no Mediterrâneo Oriental no século XIV a.C. Segundo a definição dos centros de controle e prevenção de doenças, a tularemia é "uma doença infecciosa causada pela bactéria Francisella tularensis. É transmitida por carrapatos, picadas de moscas e contato direto com animais infectados ou pele de animais. Também pode ser transmitida pela inalação de aerossóis ao realizar trabalhos em ambiente externo (por exemplo, aparar a grama), onde vivem animais infectados".
3. Um elefante na guerra
Pirro, o rei de Épiro, se envolveu uma vez numa disputa em Argos em que lutava contra uma frota de elefantes. O que os documentos históricos contam é que um dos elefantes morreu, o que fez com que os animais restantes entrassem em um frenesi violento.
Na confusão, Pirro foi ferido por um soldado inimigo e, ao reagir, o matou a facadas. A mãe da vítima desse ataque teria jogado uma telha na cabeça de Pirro e atingido o alvo.
4. Fogo grego
O fogo grego era uma arma incendiária criada pela marinha bizantina com o intuito de ter combates mais efetivos em batalhas navais, uma vez que a arma possibilitava que o fogo se difundisse pela água.
Tratava-se de uma mistura química composta de petróleo ou nafta que possibilitava que as chamas continuassem ardendo mesmo na água. Os ingredientes exatos e os mecanismos de geração da chama até hoje não são bem conhecidos. Mas os pesquisadores imaginam que talvez cal viva fosse usada para iniciar a reação química. A água não era eficiente para apagar o fogo grego: isso só acontecia quando as vítimas usavam areia ou vinagre.
5. Projéteis de cadáveres e fezes
Para contra-atacar os escorpiões venenosos, a defesa do imperador romano Hadriano encontrou uma maneira engenhosa de se vingar: seu exército simplesmente construiu projéteis compostos de excrementos humanos e cadáveres. Ou seja, os soldados mandavam para o campo inimigo corpos infectados por doenças, como a peste bubônica.
Isso foi feito também pelo exército mongol, que lançou cadáveres infectados sobre as muralhas durante o Cerco de Caffa por volta de 1346. Foi tão terrível que ajudou a espalhar a peste por toda a Europa.
O cocô também era anexado em espadas e flechas, de modo a espalhar as doenças, além do mau cheiro. Era uma estratégia muito comum entre os arqueiros citas e os soldados romanos, que usavam vários elementos putrefatos (como o sangue) para aumentar a potência de suas armas.