Caminhada ao ar livre contribui para saúde mental
Conheça os benefícios da prática e como a falta dela influencia negativamente no dia a dia
Os benefícios que as atividades físicas, como a caminhada, trazem ao organismo, são diversos. Muito além de emagrecimento, há queima de gordura, fortalecimento da musculatura e melhora da circulação e pressão arterial. Em meados de 2010, um estudo catalogou esses benefícios. Organizado por psicólogos da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, constatou-se também que o hábito de fazer caminhadas ao ar livre também pode trazer melhorias significativas à saúde mental.
Os participantes do estudo realizaram tarefas que exigiam solução de problemas e pensamento criativo. Assim, seus desempenhos mostraram uma evolução de 50% em comparação a quem não tinha esse hábito. "A caminhada ao ar livre causa uma melhor oxigenação do sangue e, consequentemente, dos tecidos neurais. Ela ativa as funções cognitivas relacionadas à memória e criatividade", aponta o coordenador acadêmico da UPX Sports e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo, Zair Cândido de Oliveira Netto.
O prazer da caminhada
Além disso, segundo Zair, essas caminhadas ao ar livre podem reduzir o estresse e ansiedade. Isso por conta da liberação de diversos hormônios, entre eles, a endorfina. "Após a realização dessa atividade física, o cérebro recebe uma resposta positiva por conta do prazer que esses hormônios proporcionam. O que acaba impulsionando o sistema nervoso a responder favoravelmente na realização de atividades que demandam criatividade", ressalta o professor.
Para além disso, os pesquisadores descobriram que o barulho constante do contexto urbano, somado ao uso excessivo da tecnologia, são altamente prejudiciais para o foco. Em conclusão, Zair alerta que as atividades físicas, em conjunto com a conexão com a natureza, têm um papel importantíssimo na redução do cansaço mental, favorecendo o pensamento criativo. "Toda a correria do dia a dia acaba influenciando, de forma negativa, nas nossas funções cognitivas. As atividades ao ar livre promovem novas conexões sinápticas, que podem gerar novas ideias e caminhos neurais, alavancando o que chamamos de plasticidade cerebral, causando uma estimulação ao cérebro", finaliza o especialista.