Câncer de mama em animais: como acontece, prevenção e tratamento
A doença nos pets é mais comum do que você imagina. Saiba como proteger o seu!
Aproveitando as campanhas de Outubro Rosa, você sabia que o câncer de mama também atinge os animais? A enfermidade é mais comum neles do que você imagina e, por isso, merece toda a atenção dos donos. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, o tumor ocorre em cerca de 50% das cadelas e 30% das gatas. No entanto, também pode acometer pets do gênero masculino.
De maneira geral, o câncer de mama ocorre em animais mais velhos, que ainda possuem o aparelho reprodutivo completo ou que foram castrados apenas após inúmeros cios. No caso dos cães, não há nenhuma predisposição de raça, todas são afetadas igualmente. Já nos gatos, os Siameses podem ter mais riscos que os demais.
Para falar mais sobre o câncer de mama nos bichinhos de estimação, conversamos com as veterinárias Júlia Leite, Mariana Ricci e Fernanda Cioffetti, que explicam tudo que você precisa saber para proteger o seu e evitar a doença. Confira!
Principais dúvidas sobre o câncer de mama em animais
Sintomas
O câncer de mama em animais é uma doença silenciosa e, por isso, seus sintomas são sutis. Procure estar sempre atenta aos sinais de tristeza, falta de apetite, febres e vômitos do seu pet. O ideal é consultar um veterinário com frequência para aumentar as chances de um diagnóstico precoce.
Exames de toque
Para zelar pela saúde do seu pet, você pode realizar exames de toque em casa periodicamente. "Uma dica é aproveitar a hora do carinho na barriga para avaliar as mamas (as cadelas têm cinco pares e, as gatas, quatro pares), apalpando-as uma por uma e entre elas", explica Júlia Leite.
"Se o tutor notar nódulos, diferença de tamanho entre as mamas, aumento de volume ou algum tipo de secreção, deve levar o animal ao médico veterinário para a confirmação do diagnóstico e tratamento", acrescenta.
Exames clínicos
Além do exame caseiro, é fundamental a realização de exames de sangue, radiografia, ultrassom abdominal e uma tomografia computadorizada para a identificação do câncer de mama em cachorros e gatos.
"Em alguns casos, são utilizados diagnósticos diferenciais, identificados através de exames citológicos e histopatológicos, que sinalizam sobre as características do tumor e mostram se são malignos ou não", pontua Fernanda Cioffetti.
Prevenção
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, a melhor forma de prevenir o surgimento da doença é por meio da castração precoce. Como a influência hormonal é um dos fatores de risco mais relevantes para que o animal desenvolva o câncer de mama, a castração deve ser feita entre o primeiro e o segundo cio.
Tratamento
Uma vez que a cadela ou felina é diagnosticada, o método de tratamento mais indicado costuma ser a mastectomia. Ou seja, há a remoção completa da mama atingida pelo tumor. Em casos de diagnóstico precoce, as chances de cura são grandes e, muitas vezes, não necessitam de tratamento quimioterápico complementar.
Por outro lado, quando o câncer se espalha para os outros órgãos do corpo do pet, o quadro pode se agravar. Nesse momento, pode ser necessário o uso de medicamentos ou até mesmo da prática de acupuntura para amenizar as dores.
Assim como nos humanos, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento contra o câncer de mama em animais. Não deixe de cuidar de si mesma, das mulheres ao seu redor e dos seus pets. Estamos todas juntas!