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Câncer de útero: entenda melhor a doença de Fátima Bernardes

A apresentadora está bem e passará por cirurgia. Saiba mais sobre prevenção e tratamento!

3 dez 2020 - 12h45
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Câncer de útero: entenda melhor a doença de Fátima Bernardes
Câncer de útero: entenda melhor a doença de Fátima Bernardes
Foto: Reprodução/Instagram / Alto Astral

A apresentadora Fátima Bernardes revelou em seu Instagram, nesta quarta-feira (2), que foi diagnosticada com câncer de útero. A identificação da doença em estágio inicial veio por meio de exames de rotina, mas a jornalista de 58 anos afirma estar bem - e passará por cirurgia de retirada do tumor nos próximos dias. O principal causador dessa condição é o contágio pelo papilomavírus humano, conhecido como HPV.

"Como sempre usei minhas redes com total franqueza e verdade, preferi eu mesma passar essa informação para todos que me acompanham. Enquanto isso, aproveito o aconchego dos meus pais, filhos, do meu amor e dos amigos próximos. E já agradeço pelo carinho, pelas boas energias de todos aqui. Logo, logo estarei de volta para nossos encontros", escreveu Fátima.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo de útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano, sendo o terceiro tipo de câncer mais recorrente entre a população feminina. Costuma ser silencioso e em cerca de 35% dos casos é fatal, por isso a importância de um diagnóstico precoce como o da apresentadora. A oncologista do Grupo Oncoclínicas, Michelle Samora, explica mais sobre a doença. Confira!

Especialista explica o câncer de Fátima Bernardes

Foto: Reprodução/Instagram / Alto Astral

O que é HPV

O vírus HPV é o tipo mais comum de infecção sexualmente transmissível (IST) e atinge de forma massiva as mulheres. A médica diz que esse tipo de infecção genital, mesmo sendo prevenível, ainda é muito frequente. O HPV pode causar alterações celulares no corpo, capazes de evoluir para um câncer, assim como aconteceu com Fátima Bernardes.

Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, principalmente na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.

Prevenção

A prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer no colo do útero. "A vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. A duração total da proteção ainda é incerta, estimada em aproximadamente 9 anos, mas estudos matemáticos indicam alta concentração de anticorpos por no mínimo 20 anos", destaca Michelle.

Sintomas

Um dos primeiros sinais do câncer de colo do útero é o sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve: "Os sangramentos podem ocorrer durante a relação sexual, fora do período menstrual e em mulheres que já estão no período da menopausa".

Em estágios mais avançados, a mulher pode apresentar um quadro de anemia devido à perda de sangue, dores nas pernas e nas costas, problemas urinários ou intestinais e até perda de peso sem intenção.

Foto: Shutterstock / Alto Astral

Diagnóstico

A oncologista destaca que é possível reduzir em até 80% a taxa de mortalidade da doença quando há um diagnóstico precoce, por isso a importância de realizar exames periódicos para a detecção do câncer, como foi o caso de Fátima Bernardes.

"Considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial. Sempre aconselho a realizarem os exames preventivos como o Papanicolau periodicamente, para que aumentem as chances de a doença ser diagnosticada precocemente", pontua.

Tratamento

Assim como mencionado por Fátima, a cirurgia é uma das possibilidades de tratamento contra o câncer de útero, mas não a única. Radioterapia e quimioterapia também são opções consideradas pelos médicos.

"A cirurgia pode consistir na retirada do tumor ou na retirada do útero, o que pode impossibilitar a mulher de engravidar. Para os estágios mais avançados da doença, são recomendados os tratamentos de radioterapia e quimioterapia", finaliza a especialista.

Consultoria: Michelle Samora, oncologista do Grupo Oncoclínicas | Texto: Milena Garcia | Edição: Renata Rocha

Alto Astral
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