Script = https://s1.trrsf.com/update-1732903508/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Cansaço social: quando o convívio é exaustivo

O cansaço social é identificado quando há pouca energia para interagir com amigos e colegas; saiba o que fazer para contornar esse problema

4 dez 2024 - 14h21
Compartilhar
Exibir comentários

Chama-se cansaço social o termo que explica a fadiga que sentimos quando precisamos interagir socialmente por longos períodos. Esse tipo de cansaço pode ocorrer nas relações com colegas de trabalho e demais grupos sociais, como o pessoal da academia, da igreja, do condomínio, das redes sociais, entre outros. A designação "cansaço social" aparece em um estudo da psiquiatra estadunidense Saundra Dalton-Smith, autora de Sacred rest: recover your life, renew your energy, restore your sanity ("Descanso sagrado: recupere sua vida, renove sua energia, restaure sua sanidade"), livro que relaciona sete os tipos de cansaço na atualidade (veja mais abaixo).

Foto: Pixabay / Revista Malu

Para a psiquiatra, pesquisadora e supervisora na residência de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), Danielle H. Admoni, as exigências sociais não podem ser maiores do que as necessidades individuais. "Se a pessoa estiver exausta depois de um dia intenso de trabalho e os colegas combinarem um happy hour, é perfeitamente aceitável recusar o convite", afirma. "Em primeiro lugar, precisamos aprender a nos respeitar."

Ela endossa que, num grupo social, os indivíduos devem entender que cada um tem seu próprio ritmo, assim como particularidades. Uma jovem mãe pode ter menos disponibilidade para confraternizar com a equipe após o expediente, porque precisa atender às demandas dos filhos pequenos. Da mesma forma, há pessoas que auxiliam pais idosos, dedicam-se a outros compromissos profissionais ou são as principais responsáveis por afazeres domésticos. "E há aqueles com necessidade de descanso maior, o que é absolutamente normal", ressalta Danielle. 

Quais são os 7 tipos de cansaço?

1 - Físico: é decorrente de atividades físicas intensas ou esforço corporal excessivo. Pode ser amenizado com alongamentos;

2 - Mental: ocorre quando é registrada uma sobrecarga de informações, capaz de afetar a concentração e disparar a irritabilidade;

3 - Sensorial: refere-se ao estímulo exagerado dos sentidos. O uso demasiado do celular está ligado a esse tipo de cansaço;

4 - Criativo: aparece quando há pouco tempo livre para desenvolver ideias inovadoras ou resolver problemas cotidianos mais complexos.

5 - Social: é resultado das interações sociais prolongadas, como reuniões diárias de trabalho, confraternizações frequentes com colegas, etc. 

6 - Emocional: é fruto de abuso psicológico ou pressão desmedida no ambiente profissional, em casa ou outro espaço social. 

7 - Espiritual: está associado à perda de fé ou propósitos de vida. A pessoa se sente inútil ou não encontra sentido na própria existência.

Necessidade de polemizar

Pesquisadores que estudam as consequências do cansaço social para a saúde mental reforçam que esse fenômeno está sendo agravado pela ânsia que as pessoas vêm demonstrando em assumir posições e polemizar. É como se elas quisessem ser mais relevantes em seus círculos sociais e admiradas por emitir opiniões fundamentadas, o que acaba tornando os encontros sociais mais estressantes do que deveriam.

"De fato, vivemos numa sociedade polarizada, em que nos sentimos impelidos a defender pontos de vista o tempo todo, seja em relação à política, religião ou outros temas", exemplifica a psiquiatra. "Assuntos polêmicos acabam provocando muito desgaste, ao mesmo tempo em que as pessoas se esquecem de que tratar de questões superficiais em encontros sociais deveria ser mais natural". 

Encontre seu escape para o cansaço

Para driblar as consequências do cansaço social, é importante encontrar refúgios na rotina diária para relaxar. Porém, o que é bom para um amigo nem sempre é indicado para você. O ideal é identificar qual a atividade de lazer que corresponde às suas preferências e habilidades. "Há pessoas que gostam de meditar ou ler. Outras se sentem felizes cozinhando ou praticando outros hobbies. É uma escolha individual", destaca Danielle.

Psiquiatras recomendam, no entanto, que o tempo livre não seja inteiramente dedicado ao celular ou computador. Passar horas jogando ou visitando redes sociais tende a comprometer a qualidade do descanso, uma vez que pode disparar a ansiedade, atrapalhar a concentração, gerar fadiga visual e prejudicar as conexões familiares. 

Revista Malu Revista Malu
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade