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Cuidados na dedetização evitam danos a moradores e pets

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Nem bem a luz se acende, a barata foge rumo à parte de trás do guarda-roupa. Em cima da mesa, dezenas de formigas se aglomeram em meio ao resto de bolo da noite passada. Na despensa, surpresa! Pacotes roídos e um forte cheiro de urina. Quando sobra descuido e falta um controle das pragas urbanas que vá além de chineladas e aerossóis tópicos, cenas como essas não são raras. Um jeito mais eficiente e mais duradouro (embora também mais caro) de combater o problema é dedetização, hoje menos tóxica do que antigamente, mas que exige atenção na aplicação.

Quando o serviço utiliza produto líquido, o ideal é manter a residência vazia por seis horas
Quando o serviço utiliza produto líquido, o ideal é manter a residência vazia por seis horas
Foto: www.osaka.com.br / Divulgação


Os métodos mais comuns de dedetização são spray, gel, pó e isca. Para cada tipo há uma recomendação. Do mesmo modo, a escolha do veneno também varia. "O que a gente usa para matar formigas e baratas não afeta, necessariamente, aranhas", exemplifica André Such, proprietário da Dedetizadora Brasil, em Brasília.



O spray tende a ser vantajoso quando aplicado nos rodapés externos e nos ralos da casa para o combate de baratas e formigas. O ideal é manter a residência vazia por seis horas, para evitar o cheiro forte. Ou seja, não é o mais recomendado se for inviável retirar crianças ou animais do imóvel. Porém, já existem venenos menos agressivos: têm a mesma eficiência de um produto tradicional, no entanto, são mais caros.



Se o produto for de primeira linha, não há risco manchar paredes, tecidos e móveis. O problema é que algumas empresas misturam querosene junto ao veneno para dar cheiro forte - como se o odor tivesse alguma relação com eficiência. Aí, mancha mesmo.



O gel é um dos métodos contra formigas e baratas mais utilizados. Such afirma que o material sempre é colocado em lugares escondidos, a que crianças e animais não têm acesso. A segurança, no entanto, tem preço: custa o triplo do spray.



Moacir Milne Lobo, gerente técnico da área de controle de pragas da Osaka, empresa que presta serviço no controle de pragas e desentupimento em São Paulo, alerta sobre os cuidados: evitar lavar o local. "A água não tira o efeito do gel. Já água e detergente misturados, sim", diz.



Such avisa que o gel só deve ser utilizado em casos de infestação. Isso porque o material é mais atrativo que o açúcar para a formiga - outras formigas podem se aproximar do local para fazer uma colônia. Portando, se o problema está na cozinha, é lá onde o gel deve ser aplicado, e não na casa inteira.



O pó é indicado sobretudo contra ratos e para casa sem crianças nem animais de estimação. Primeiro se descobre a trilha do roedor (fezes e urina a denunciam). Depois, aplica-se o pó nesse rastro. A substância gruda no pelo oleoso do animal, que volta para o ninho. Como os ratos têm o hábito de se lamber, espalham o veneno entre si. O produto age em 48 horas.



Em residências com animal de estimação, existem algumas técnicas para evitar o contato com os vários tipos de veneno. "O primeiro passo é tirar o pet do local para que ele não fique curioso", explica Lobo. Além disso, gel e iscas - como as de rato, por exemplo - devem ser aplicadas em lugares de difícil acesso, tanto para cães e gatos quanto para crianças. Ainda assim, a fim de evitar problemas mais graves, esses venenos, no formato de uma semente de girassol, têm o gosto extremamente amargo ao paladar humano e ao do pet.



Em áreas onde o veneno foi colocado através do spray, deve-se esperar a secagem. Depois disso, se o produto for de primeira linha, mesmo a lambida do animal não irá removê-lo ou causar danos ao pet.



Leonardo Guariso, da PrimaPagina
Especial para o Terra
Fonte: Terra
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