Arranjos florais não têm de ficar só na sala; veja opções
Flores de corte (aquelas que vêm em buquê ou arranjos) são bem versáteis; paisagistas dão dicas de onde e como posicioná-las na casa
Não basta gostar de determinada flor para decorar o ambiente. Para poder vê-la mais bonita, e para que sua beleza se encaixe melhor na decoração, é preciso colocá-la no lugar certo. Espécie e modo de plantação podem fazer muita diferença.
Em primeiro lugar, convém tratar de modo diferente as flores plantadas e as flores de corte, pontuam os paisagistas Maier Gilbert, do escritório Maier e Alê Paisagismo, e Marizeth Estrela. As primeiras estão cultivadas em um vaso com substrato ou terra e exigem luz solar e circulação do ar. As de corte são buquês ou arranjos, que podem ser colocados na água e durar até três semanas, dependendo do tipo de planta.
As flores de corte, portanto, são mais versáteis. Podem ser colocadas em qualquer cômodo – mas, quanto mais iluminado o ambiente, mais tempo a flor mantém o viço. O arranjo deve ser proporcional ao espaço. Um cômodo grande comporta um grande arranjo. É possível combinar diferentes flores em uma mesma composição, mas o ideal é que elas sejam de tamanhos diversos e tipos diversos. Flores misturadas a folhagens, por exemplo: girassol e junco, rosa e mosquitinho, girassol, orquídea chuva-de-ouro e tango.
O ideal é que as cores do arranjo combinem com a paleta do ambiente, avalia Marizeth. Também é interessante casar o estilo da decoração com a natureza da flor: rosa e orquídea, espécies mais clássicas, podem ser harmonizadas com uma decoração no mesmo tom.
Salas de estar e jantar são os abrigos mais comuns para flores: são o centro de atenção das visitas e costumam ter mesa lateral ou de centro para expor as flores. Marizeth lembra que o hall de entrada também é uma escolha acertada porque, dessa maneira, as flores “recepcionam” o convidado.
E por que não as espalhar também em áreas mais reclusas, como quartos, banheiros e corredores? Para estes, Marizeth recomenda uma espécie resistente, a helicônia, que sobrevive com menos luz e mantém o viço em arranjos por até três semanas. Para iluminar um pouco o corredor, vale investir em flores claras, brancas ou amarelas. No quarto, opte por um arranjo menor ou uma flor solitária, como rosa, lírio, tala ou tulipa. Se o criado-mudo for um pouco maior, cogite uma ou duas orquídeas Phalaenopsis, as mais resistentes da espécie.
Mesmo na cozinha e no banheiro vale complementar a decoração com flores. Na cozinha, a paisagista recomenda plantas usadas na culinária, como manjericão com flor, arruda com flor ou hortelã com flor. São bonitas, aromáticas e podem servir como tempero. Outra opção? Vasos pequenos com violetas ou minilírios-da-paz. Sendo flores de corte ou plantadas, o mais importe é mantê-las bem longe do fogão.
O banheiro é um bom abrigo as que necessitam de meia sombra para sobreviver e convivem bem com o vapor do chuveiro, como as orquídeas e as violetas. É possível cultivar flores até embaixo da pia. As espécies que vão bem por lá são o miniantúrio e a bromélia tilandsia.
Cuidados
Troque a água das flores de corte a cada dois ou três dias para que se mantenham hidratas e durem mais. O ideal é cortar o talo na diagonal – assim, haverá mais espaço de absorção da água pela planta. “Pétalas e folhas que caem na água devem ser retiradas imediatamente, porque começam a apodrecer e comprometem a duração da flor”, explica Marizeth.
Flores plantadas em um substrato devem receber luz direta por pelos algumas horas ao dia. Por isso, coloque-as perto de uma janela. A rega deve acontecer periodicamente, de acordo com a necessidade de cada espécie. “Basta colocar o dedo na terra: se ele subir grudento, ok, se subir com uma poeirinha, está na hora regar”, ensina Maier Gilbert.