Jeff Koons cria um templo para Apolo na Grécia
Exposição realiza encontro entre dois tempos: o contemporâneo com a antiga Grécia
Fundada em Genebra, em 198,3 pelo colecionador Dakis Joannou, a Fundação DESTE para Arte Contemporânea é conhecida por se envolver em um extenso programa de exposições que promove artistas emergentes e consagrados.
Desde 2009, a fundação exibe os nomes mais renomados do mundo da arte contemporânea, incluindo Matthew Barney, Kiki Smith e Maurizio Cattelan, em seu espaço de arte, que já foi um matadouro, na ilha grega de Hydra.
Após o adiamento nos últimos dois anos devido à pandemia do covid-19, a Fundação DESTE apresenta o tão esperado projeto Apollo de Jeff Koons. A exposição individual estará patente no Espaço de Projetos do DESTE no antigo Matadouro de Hydra de 21 de junho a 31 de outubro de 2022.
Um templo ao diálogo metafísico
Jeff Koons: Apollo na DESTE Foundation apresenta novas esculturas do artista junto com objetos cotidianos selecionados pelo artista para envolver o espectador em um diálogo metafísico entre o contemporâneo e o antigo. A mostra também marca mais de vinte anos desde a última exposição individual de Jeff Koons na Grécia.
Antes de entrar, os visitantes são recebidos por um colossal cata-vento reflexivo de 9,1 metros situado acima do Matadouro. Apelidado de Apollo Wind Spinner, a escultura dourada apresenta o rosto de Apolo, o deus grego da música, poesia, arte, profecia, verdade, arco e flecha, pragas, cura, sol e luz.
Uma vez lá dentro, no centro da instalação está Apollo Kithara, uma escultura animatrônica policromada com mais de 2,3 metros de altura. Apollo está tocando um kithara, considerado a origem do violão de contemporâneo. Ao redor da escultura estão antigos afrescos de Boscoreale —comuna próxima a Pompeia, na Itália —, transformando as paredes do matadouro.
Em Apollo, Jeff Koons criou um novo templo, onde os aficionados da arte são convidados a peregrinar. A exposição ativa os sentidos através da música, queima de sálvia e oferendas assadas que lembram os tempos antigos.
Com os sons da antiga kithara tocando ao lado de canções contemporâneas, os dois formatos musicais são ora desconexos e ora encontram sublime beleza. A exposição geral é metafísica e celebra a história e a aspiração humana.
*Via Designboom