Cupins podem comprometer estrutura de casa em poucos meses
Mesa, cadeira, armário, batente, porta, janela, forro e vigas do telhado. Todas essas coisas são potenciais alimentos para os cupins. Mais do que apenas estragar um móvel, algumas espécies desse inseto são capazes de se organizar em gigantescas colônias que podem comprometer a estrutura de uma casa em pouco tempo.
De acordo com Francisco Zorzenon, diretor do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico do Estado de São Paulo, existem mais de 3 mil espécies de cupins na natureza, e cerca de 300 delas vivem no Brasil. No entanto, aquelas que representam as maiores ameaças para as residências se dividem em apenas dois tipos, as de madeira seca e as subterrâneas.
“Aqueles que se alimentam de madeira seca podem ser identificados pela presença de um pó de madeira que se assemelha a areia. Se esse pó estiver claro, significa que a colônia é recente. Se estiver mesclado entre claro e escuro, quer dizer que a colônia é madura e está ativa. Caso esteja escuro, quer dizer que o local já foi abandonado pelos insetos”, afirma.
Se for constada a presença desse tipo de cupim em um móvel de pequeno porte, o morador pode combater os insetos com produtos químicos voltados especificamente para isso. No entanto, se a infestação for de maiores proporções, o ideal é procurar ajuda especializada.
Já a presença dos cupins subterrâneos pode ser percebida por rastros de terra deixados na parede ou até mesmo pela ocorrência de curtos na instalação elétrica. “Eles usam os conduítes para se locomover”, diz Zorzenon.
Ele ainda acrescenta esse tipo de cupim demanda intervenção profissional imediata, pois as colônias podem chegar a milhões de insetos, e eles são capazes de comprometer uma casa em cerca de quatro meses. “Contra cupins não existem solução caseiras. Já vi casos em que eles derrubam teto e paredes das residências”, alerta.