Escorpiões atacam até em metrópoles; saiba como se proteger
Entre 2010 e 2011, mais de 10 mil ocorrências de picadas do animal foram registradas só na cidade de São Paulo
Ao contrário de pernilongos, aranhas, formigas e baratas, os escorpiões parecem uma ameaça distante para quem mora em grandes cidades. No entanto, algumas espécies hoje são consideradas urbanizadas, o que faz com que sua presença seja muito mais comum do que se imagina em grandes centros urbanos.
Segundo dados do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, de São Paulo, mais de 10 mil ocorrências de picadas foram registradas na capital paulista entre 2010 e 2011. “Os escorpiões se adaptaram muito bem às metrópoles. O mais comum é o amarelo, que chega a sete centímetros e tem um veneno que pode ser fatal”, explica Emanuel Marques da Silva, biólogo da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.
Esses animais entram nas casas em busca de abrigo e se alojam em lugares que oferecem proteção, como entulhos mal armazenados, afirma Marques da Silva. “Eles entram na residência por uma abertura qualquer, seja debaixo da porta, frestas de janela ou até mesmo tubulações de esgoto”, diz o especialista. Por isso, a melhor forma de proteger a casa de escorpiões é evitar acúmulo de entulho e vedar bem portas, janelas e outras frestas por onde eles possam entrar.
Todos os tipos de escorpião são venenosos e têm ferrão, mas o grau de risco que eles representam varia de espécie para espécie e de acordo com o tamanho e idade da vítima, o que torna as crianças mais vulneráveis. “Ele não é agressivo contra os seres humanos, mas pode se sentir ameaçado e atacar como forma de defesa. O mais comum é que uma pessoa sequer perceba sua presença e encoste sem querer no aracnídeo, que pode reagir com uma picada”, informa Marques da Silva.
Caso a pessoa encontre um escorpião em casa, o ideal é matar o animal com uma pancada ou capturá-lo em um pote de vidro com o auxílio de um graveto e jogar álcool dentro. Já se a pessoa for picada, deve-se procurar um pronto-socorro imediatamente. “O máximo que deve ser feito em casa é lavar o local da picada com água e sabão. Se for possível, capture e leve o escorpião que a atacou, pois ajudará no tratamento. Qualquer outra coisa irá desperdiçar um tempo que pode ser precioso para a recuperação da pessoa”, alerta o biólogo.